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O crescimento da classe C, principalmente da camada que está tendo acesso ao primeiro carro zero-quilômetro, levou as montadoras brasileiras a apostar em uma nova onda de carros compactos, conhecidos como "populares", que serão lançados nos próximos anos. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.
Responsável por mais da metade das vendas de modelos novos no País, o segmento é responsável pela construção de três novas fábricas no Brasil - da japonesa Toyota, da coreana Hyundai e da chinesa Chery. A Honda e a GM estudam entrar nesse mercado, enquanto a Volkswagen desenvolve um modelo mais barato que o Gol e a Nissan inicia a importação do March, feito no México, mas com perspectivas de produção local no futuro.
No 26º Salão Internacional do Automóvel, só o March já está exposto. Os demais modelos são projetos em fase de desenvolvimento. O modelo chega ao País em 2011 com motores 1.0 e 1.6 flex e preços na faixa de Uno, Gol e Palio, na casa dos R$ 25 mil a R$ 30 mil. "Será o primeiro popular japonês no mercado brasileiro", diz Christian Meunier, presidente da Nissan do Brasil. Dependendo do comportamento das vendas, a empresa poderá iniciar a produção na fábrica do Paraná, informa o executivo.
Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, afirma que o novo compacto será desenvolvido no Brasil, com participação de engenheiros alemães. "Será um carro global."
O modelo vai disputar mercado no segmento chamado de subcompactos. Hoje, o Fiat Uno é o único classificado nessa categoria, mas as asiáticas Hyundai e Chery, que estão construindo fábricas em Piracicaba e Jacareí (ambas no interior de São Paulo), também querem atuar nesse segmento.
Shozo Hasebe, presidente da Toyota, diz que o diferencial do modelo que a marca produzirá em Sorocaba (SP) será o de atender o consumidor que quer um carro barato, porém com maior espaço interno em relação aos disponíveis atualmente, e com motor mais potente do que o 1.0.
A GM estuda entrar nesse segmento com um carro na faixa dos R$ 20 mil. Segundo Jaime Ardila, presidente da GM na América do Sul, é um projeto para além de 2012. De acordo com Ardila, para um projeto desses ser viável, o custo da matéria-prima não pode passar de US$ 8 mil, e o governo também teria de entrar com algum corte de custos.
A Honda também não tem ainda um projeto definido, mas não descarta atuar no segmento no futuro. "Estamos avaliando", informa o diretor-vice-presidente, Issao Mizogushi.
O mercado brasileiro, que este ano baterá recorde com cerca de 3,4 milhões de unidades, já é o quarto maior do mundo em vendas e tem recebido atenção especial das multinacionais. Só as quatro maiores montadoras instaladas no País - Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen - vão investir R$ 22,4 bilhões até 2014.
Diante desse desempenho, as empresas estão obtendo aval das matrizes para desenvolver carros globais (que podem ser vendidos em qualquer mercado), como o compacto que a Volkswagen vai lançar nos próximos anos. A Ford, por sua vez, lançará no próximo ano o novo EcoSport, que será fabricado em outros países. "O Brasil começou a era das plataformas globais", define Marcos de Oliveira, presidente da Ford no Mercosul.
Híbridos e elétricos
O Salão também é palco para a apresentação dos carros híbridos e elétricos, a principal aposta das montadoras em mercados como Estados Unidos, Japão e Europa.
A maioria das montadoras tem modelos chamados de verdes, menos poluentes e mais econômicos, mas, por enquanto, só dois estarão disponíveis no Brasil: o Ford Fusion híbrido, que custará R$ 133,9 mil, e o Mercedes-Benz S400, vendido a R$ 450 mil. "Por enquanto nossa aposta é no flex, mas, se houver demanda, teremos produtos disponíveis em nossa plataforma global", afirma Denise Johnson, presidente da GM do Brasil.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de outubro de 2010

Categoria: Fique por Dentro


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