Apesar de a via ter um bom número de vagas, guardadores e flanelinhas estacionam carros em locais proibidos. Há veículos parados sobre a calçada. Muitos motoristas chegam a confiar aos flanelinhas e guardadores as chaves de seus automóveis, que são manobrados para acomodar mais carros em um mesmo espaço. Além disso, há carros estacionados sem talão obrigatório, mais veículos do que o limite estabelecido pela sinalização, automóveis estacionados nas esquinas. Numa área de estacionamento irregular da Avenida Gabriela Prado Maia Ribeiro, guardadores e flanelinhas lavam os carros de seus clientes.
O diretor geral de estacionamento do Sindicato dos Guardadores Autônomos, Adalberto da Silva Borges, reclama da falta de fiscalização da prefeitura. De acordo com ele, não há critérios claros para a população distinguir entre o trabalhador regularizado, cuja profissão é regulamentada, e o flanelinha, que trabalha na completa ilegalidade: "O guardador do sindicato tem um crachá, veste colete numerado e tem registro profissional no Ministério do Trabalho. Só o colete não basta. Porém, a prefeitura abriu o sistema para outras cooperativas, que adotam outros critérios. O poder público deveria exercer um controle sobre isso, até porque os coletes sem numeração são vendidos na Rua da Alfândega para qualquer um".
A Guarda Municipal do Rio informou que enviará uma equipe à Avenida Gabriela Prado Maia Ribeiro, na Tijuca, para verificar a presença de flanelinhas. Já a secretaria municipal de Ordem Pública voltou a reafirmar que a questão dos flanelinhas é um caso de polícia e que as denúncias da população na delegacia são fundamentais para combater o problema.
Fonte: O Globo (RJ), 27 de outubro de 2010