Desenvolvido pela fábrica da Volvo, na Suécia, ficará quinze dias por aqui, em fase de testes. Passou por Curitiba e irá em seguida para o Rio de Janeiro. Resultado de uma parceria entre as prefeituras e a Fundação Clinton (do ex-presidente americano), o programa é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e tem como objetivo investigar formas de diminuir a emissão de poluentes responsáveis por mudanças climáticas na América Latina. Isso porque a companhia sueca garante que o híbrido gasta 35% menos combustível e lança na atmosfera uma quantidade de gases 80% a 90% menor.
Em São Paulo rodam 15.000 ônibus, 99% deles a diesel. Segundo dados da Volvo, desde que o motorista liga um desses veículos pela manhã até o momento em que o devolve à garagem, ele fica 50% do tempo parado, em semáforos, nos pontos ou no congestionamento. Gasta combustível e polui o meio ambiente sem necessidade. Já quando o híbrido para, o motor a diesel desliga automaticamente e apenas o elétrico fica funcionando. Apesar de esse veículo custar 50% mais caro que um ônibus convencional, a Volvo promete que o investimento inicial pode ser recuperado em cinco anos, por causa da economia de combustível. "A novidade parece boa", afirma Renato Boareto, coordenador de mobilidade urbana do Instituto de Energia e Meio Ambiente. "Como o híbrido trabalha com duas tecnologias conhecidas e aplicadas no Brasil, não deve haver muita elevação no custo da tarifa (de R$ 2,70) se ele for adotado."
Fonte: Revista Veja São Paulo, 3 de novembro de 2010