O projeto é criticado pela oposição porque prevê que uma empresa terceirizada será licitada para administrar a Zona Azul. Além disso, tanto a futura concessionária quanto a Prefeitura ficarão isentas de responsabilidade por eventuais danos causados a veículos estacionados em vagas pagas. O prazo de concessão de 15 anos também foi alvo de discussão. Entretanto, nenhuma proposta de emenda foi aprovada.
O vereador José Ricardo é um dos 11 que votaram contra a Zona Azul. Para ele, a principal crítica que se questiona hoje é que o flanelinha cobra por um serviço e muita gente reclama, mas vai se passar o serviço para uma empresa que vai continuar cobrando sem retorno para os cofres públicos. "Não se discutiu uma alternativa aos flanelinhas e não se definiu a área de abrangência da Zona Azul no centro da cidade", disse.
Já o vice-líder do prefeito Amazonino Mendes na Câmara, Homero de Miranda Leão, defende que a rotatividade faz parte das ações conhecidas como "choque de ordem", que visam a preparação de Manaus para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. Flanelinhas
De acordo com Henrique André dos Santos, presidente da Associação dos Guardadores e Lavadores Autônomos de Veículos Automotores do Estado do Amazonas (Aglavam), dos 3 mil membros da associação, cerca de 600 atuam no Centro de Manaus. "Nossas reivindicações são para proteger esses pais de família, queremos alguma segurança. A gente quer a organização da cidade, quer mostrar uma boa aparência à clientela, a prefeitura podia oferecer cursos, palestras, mas não fez nada disso", reclama.
Parlamentares da base da Prefeitura se comprometeram a levar a questão para análise do prefeito. A Secretaria Municipal de Infraestrutura, responsável pela elaboração do plano, informou que "nada impede que, quando houver a implantação do sistema, os profissionais possam ser absorvidos pelos projetos de qualificação previstos (para o cumprimento das determinações da Fifa para as sedes dos jogos da Copa)".
Fonte: portal G1, 28 de outubro de 2010