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Com o crescimento da economia e a valorização do real, a procura por carros importados aumentou nos últimos meses e a fila de espera já chega a 40 dias, para modelos médios, e a quatro meses para veículos de luxo, na faixa superior a R$ 100 mil, em ao menos cinco marcas coreanas e europeias, segundo o BOL Notícias.
Para dar conta do aumento de pedidos, algumas marcas estão expandindo a rede de distribuição no País. Até o fim do ano, estão previstas inaugurações de ao menos 80 novas concessionárias associadas à Abeiva, entidade que reúne importadores de 30 marcas, incluindo grifes de luxo.
O presidente da Kia no Brasil, José Luiz Gandini, diz que a espera por carros da marca como Picanto (R$ 33 mil), Cerato (R$ 49,9 mil) e novo Sportage (R$ 83,9 mi) varia de 30 a 40 dias, dependendo do modelo. "Não temos um carro em estoque (na rede). O navio chega, descarrega e vende. A marca cresceu no mundo todo 30% e não conseguiu abastecer o nosso mercado aqui", afirma.
A previsão da coreana é fechar o ano com a venda de 60 mil unidades no País, crescimento de 150% sobre o verificado no ano passado. Para 2011, a marca espera vender 90 mil veículos no Brasil. Até janeiro do ano que vem, a Kia deve inaugurar mais 27 pontos de venda.
A coreana Hyundai também confirma a espera de 30 a 60 dias para modelos como o ix30 (R$ 59 mil), o ix35 (R$ 88 mil) e o sedã de luxo Azera (a partir de R$ 90 mil). A fila para conseguir um desses veículos não é exclusividade dos brasileiros. A matriz informa que o aumento da procura ocorre em todos os mercados do mundo.
Na Toyota, para comprar uma picape Hilux versão top de linha (R$ 125 mil) o tempo de espera já chegou a seis meses em algumas regiões, como Mato Grosso e Goiás. Agora, segundo a montadora japonesa, está em cerca de 10 a 15 dias em todo o País.
Espera pelo luxo
Na BMW, a espera chega a quatro meses para modelos como o X1 (R$ 118 mil a R$ 190 mil), segundo informa Henning Dornbusch, presidente da empresa no Brasil. A estimativa era vender 1.400 a 1.500 carros no ano, resultado que foi alcançado em abril. "A estabilidade econômica e a perspectiva de manutenção do emprego facilitam o planejamento para comprar um carro nessa faixa de preço", diz. "O câmbio estável também ajuda, mas o poder de compra maior e as facilidades de financiamento impulsionam o mercado."
Alguns modelos do Porsche já levam quatro meses para chegar ao consumidor brasileiro. O tempo de espera ocorre não só em função da maior procura mas também porque geralmente o comprador quer modelos customizados - escolhe a cor dos bancos, do cinto de segurança entre outros. Neste ano, as vendas da Porsche devem chegar a 800 carros, número que vai superar o recorde histórico de 2008, quando foram vendidas 725 unidades.
Fonte: BOL Notícias, 27 de outubro de 2010