"As marcas pesquisam se o nome não tem conotação negativa em algum país e cada mercado faz sua adaptação", explica Alex Periscinoto, ex-publicitário da Volkswagen e especialista em propaganda de carros.
Traduções perigosas
A Nissan resolveu rebatizar de March o hatch que trará ao Brasil em março. Na Europa, ele se chama Micra. "O nome é bom lá, onde buscam um compacto. Já o brasileiro compra porque é o que ele pode pagar, mas não quer a imagem de micro", avalia Furtado.
Já a Mitsubishi vende o Pajero como Montero nos mercados onde se fala espanhol, porque "pajero", nesse idioma, define uma pessoa que curte o onanismo.
Para o professor Valdner Papa, da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), os nomes influenciam diretamente na venda. "Antes eles mudavam a cada novo produto, mas agora são mantidos, o que vincula uma imagem positiva na cabeça do consumidor", avalia Papa.
Marcas "premium", como Audi, BMW e Mercedes, não se comprometem: nomeiam modelos com números. "Consagradas, investem no nome da marca", diz Papa.
Fonte: BOL Notícias, 16 de janeiro de 2011