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A reforma da Marginal Tietê, entregue em março de 2010 pelo governo do Estado após a ampliação de pistas, segue com etapas incompletas três anos após seu início, em junho de 2009. Uma dessas etapas previa criar ao longo da via de 24 quilômetros um "sistema inteligente" de controle de tráfego. Seria possível restringir a entrada em 16 pontos em caso de congestionamentos ou enchente. Mas o projeto de R$ 100 milhões, que chegou a ter edital lançado, segue parado.
1. Quais etapas da reforma da Marginal do Tietê estão atrasadas?
Além do "sistema inteligente" com câmeras, radares e painéis para acelerar a remoção de carros quebrados, para obter o licenciamento da reforma, o governo do Estado garantiu que seriam criadas barreiras acústicas para diminuir o ruído perto de escolas, hospitais e residências. São obras previstas como contrapartida pela criação de mais seis pistas de cada lado da via.

2. Quem está reclamando do atraso das barreiras acústicas?
O parquinho da Escola Municipal de Educação Infantil Professor Pedro Álvares Cabral de Moraes, na Vila Guilherme, zona norte, por exemplo, fica a quatro metros da pista local da Marginal. No local, professores reclamam do barulho de caminhões e ônibus. Mas a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) diz que fez testes de ruído que apontaram que não havia necessidade de construir as barreiras.

3. A reforma previa novos acessos para ciclistas e pedestres?
Sim. Esse é outro ponto da obra que segue atrasado. As exigências para que a Dersa conseguisse licenças para a obra também previam projetos para melhorar o acesso de ciclistas e pedestres, principalmente nas pontes, além de melhora das calçadas. Estavam previstas, por exemplo, melhorias na travessia de pedestres nas Pontes da Freguesia do Ó, das Bandeiras, Casa Verde e junto ao Parque Villa-Lobos. Os acessos para ciclistas também não saíram do papel.

4. Qual foi o aumento de tráfego na Marginal do Tietê após a reforma?
Segundo medições da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), cerca de 30 mil veículos a mais por dia passaram a circular pela Marginal do Tietê após a conclusão das novas pistas.

5. O que diz a Dersa?
Sobre o "sistema inteligente", a Dersa diz que discute os valores do projeto com Estado e Prefeitura. A implementação de ciclovia é inviável, segundo a companhia. "Quanto às barreiras acústicas, as medições do estudo realizado pela Dersa mostraram que os acréscimos (de ruído) são muito pouco significativos", afirmou, em nota.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de junho de 2012

Categoria: Cidade


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