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A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) registrou, em junho deste ano, mais de uma falha a cada dois dias. Os problemas de funcionamento, na maioria por panes elétricas, afetam a circulação de trens. O levantamento foi feito pelo G1, que acompanhou as ocorrências em todas as linhas do sistema entre 1º e 30 de junho. Atualmente, a CPTM realiza obras de modernização nas suas seis linhas.
São de administração da CPTM as linhas 7-Rubi (que liga a Luz a Jundiaí), 8-Diamante (Júlio Prestes a Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco a Grajaú), 10-Turquesa (Brás a Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz a Estudantes) e 12-Safira (Brás a Calmon Viana).
Foram ao todo 18 falhas no período acompanhado pelo G1. Do total, seis ocorrências foram registradas na linha 9; cinco na linha 7; quatro na linha 8; duas na linha 11; e uma na linha 12. A linha 9, que registrou o maior número de falhas em junho, tem 18 estações e transporta 517 mil pessoas diariamente. A maior incidência, segundo o levantamento, foi de falhas no sistema de energia e problemas em composições.
De acordo com Álvaro Eduardo Correia Lopes, engenheiro elétrico da companhia, uma das principais razões para a incidência de falhas elétricas mesmo em meio às melhorias é a necessidade de funcionamento das linhas logo após as obras. "Uma obra no sistema de energia não pode admitir nenhum tipo de adaptação", disse o engenheiro. "O sistema de comunicação, por exemplo, pode ser implantado em paralelo com o sistema atual. Já esse (de rede elétrica) ou opera ou não opera, não tem meio termo, não tem tempo de transição."
As obras de modernização da CPTM ocorrem geralmente aos domingos, quando a operação das linhas em obras é suspensa. Isso ocorre porque, segundo a companhia, há grande dificuldade em realizar a modernização e garantir a operação das vias e composições. Neste domingo (1º), o G1 visitou a Linha 9, que foi a mais afetada por falhas no mês de junho, para acompanhar as obras.
De acordo com a CPTM, as obras consistem na instalação de novos sistemas de sinalização, energia, rede aérea e via permanente. A rede aérea de energia, por exemplo, será modificada de uma rede aérea fixa para uma rede aérea autocompensada.
As falhas elétricas que acontecem nas linhas costumam ter duas razões: o afrouxamento da rede ou o rompimento dela. No atual sistema, de rede fixa, os técnicos devem retensionar os cabos manualmente para garantir o funcionamento correto do sistema. Ou seja, é preciso interromper a circulação na linha para que os cabos sejam esticados novamente.
"Na autocompensada, o retensionamento dos cabos é feito automaticamente, o que melhora o desempenho da rede e diminui a incidência de manutenção", disse Lopes. Esse novo sistema é semelhante ao aplicado na Linha 5-Lilás, do Metrô, e deverá ser implantado em todas as linhas da companhia. "Este sistema é um dos mais modernos do mundo", garantiu o engenheiro.
Segundo o engenheiro, as paralisações aos domingos são necessárias porque o período da noite, quando as linhas não funcionam, é curto. "O objetivo dessas paralisações aos domingos é alavancar todas as obras da linha, porque o intervalo da noite em que podemos trabalhar é apenas entre 1h30 e 3h30."
"Nesse momento haverá reclamações por causa das dificuldades, dessas paralisações aos domingos, mas sabemos que quando tudo isso passar o benefício será muito grande", disse Lopes. A expectativa é que todas as obras de modernização na Linha 9 sejam concluídas entre 2014 e 2015.
Fonte: portal G1, 3 de julho de 2012

Categoria: Geral


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