"As alterações reduzem a eficácia do programa pois aumentará o número de veículos que circulam com emissão elevada evitável, que poderia ser corrigida na inspeção", afirma Alfred Szwarc, ex-presidente da Cetesb.
Segundo Gabriel Branco, consultor na área que trabalhou para a Controlar, parte do ganho ambiental obtido pelo programa será desperdiçado. "Entre 2008 e 2011, São Paulo não teve ultrapassagens diárias dos padrões legais de monóxido de carbono. Muito provavelmente por causa do programa de inspeção", diz Branco.
Até mesmo retirar os carros novos da inspeção é um equívoco, na visão de Gabriel Branco. "Os dados atestam que 2% dos carros do ano, por ficarem desregulados, chegam a emitir 20 vezes mais do que o limite estabelecido."
Fonte: Folha de S. Paulo, 22 de março de 2013