Figueiredo disse que os dados que a agência tem foram repassados pelas próprias empresas e podem estar subestimados. Pelos números, são transportados 61,5 milhões de passageiros por ano, o que demandaria uma frota de 4.000 ônibus - só que, atualmente, já existem 12 mil ônibus em circulação.
Se a agência decidir realizar novos estudos, isso poderá levar mais de um ano, para poder abranger temporadas de pico, como Natal e Ano Novo, e de baixa. Figueiredo, que assumiu a agência em julho do ano passado, disse que esse assunto já está em estudo na agência há sete anos, mas que até hoje não foi feito nenhum estudo de demanda.
"Só vou fazer a licitação no dia que eu tiver a segurança de ter um sistema que vai atender o usuário melhor do que atende hoje. Acho que seria prudente realizar novos estudos", completou.
De acordo com o presidente da Abrati (Associação Brasileira de Transporte Terrestre de Passageiros), Renan Chieppe, os dados são informados pelas empresas em um sistema de informações elaborado pela própria ANTT. Ele disse que os números podem não apresentar a demanda real porque o sistema não registra a diferença de demanda que ocorre em alta temporada.
Fonte: Folha de S. Paulo, 19 de maio de 2009