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A cidade de São Paulo convive com uma disparada histórica de multas de trânsito. O recorde alcançado este ano se aproxima de uma a cada três segundos - acima do dobro do ritmo de 2008, antes do começo do atual mandato de Gilberto Kassab. Tudo isso está sendo puxado por excesso de velocidade, um dos principais agravantes de acidentes viários. Até agosto, as multas por velocidade excessiva já alcançavam 2,3 milhões, 17% mais do que em 2010 inteiro. Segundo a Folha de S. Paulo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estima que, no final de 2011, essas infrações totalizarão 76% mais do que no ano passado.
A primeira explicação para a disparada de multas é a difusão de radares, que foram de 508 para 576 em um ano. Não é à toa que, de cada quatro multas, hoje três são aplicadas por equipamentos. O aperto da fiscalização eletrônica não explica tudo, dizem especialistas, para quem houve piora no comportamento de condutores. Eles também reconhecem que a redução do limite de velocidade de 70 km/h para 60 km/h em 69 vias, ainda que favorável à segurança, contribui para elevar as multas. O balanço foi divulgado pela CET no 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado no Rio pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos). "A estratégia é intensificar a fiscalização por equipamentos e liberar os agentes para orientar", defende Eduardo Macabelli, diretor de operações da empresa.
E a infraestrutura?
Os boletins de ocorrência de acidentes com mortes subiram 5% de janeiro a junho. No último trimestre, a tendência mudou - caíram 5%. Mas os especialistas fazem críticas ao trabalho da CET. A primeira é que a disparada de multas e, portanto, da arrecadação (que atingirá R$ 832 milhões em 2012) ainda não se reflete em melhorias significativas da infraestrutura. Entre as citadas por técnicos há falta de sinalização, câmeras quebradas e apagões de semáforos com chuva.
Motorista que não pagar multa ficará com o "nome sujo"
Quem não pagar multa de trânsito em São Paulo pode ficar com o "nome sujo". A prefeitura está terminando a montagem do sistema eletrônico de envio dos dados dos devedores para os cartórios de protestos. Dos cartórios, as informações serão repassadas automaticamente aos serviços de informação de crédito - SCPC e Serasa. A prefeitura já tem R$ 400 milhões em multas de trânsito inscritas em dívida ativa - primeiro passo antes do encaminhamento para o cartório de protestos. O convênio com os cartórios já foi feito no início deste ano. Desde então, cerca de 200 devedores do município já foram protestados. O que vai mudar até o início de 2012 é que o processamento será eletrônico, portanto mais rápido.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28 de outubro de 2011

Categoria: Geral


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