Maria Solange Silva, grávida de seis meses, disputa lugar na calçada na hora de esperar o ônibus. "Tem que trabalhar. Então a gente tem que enfrentar o frio, o tempo, sem proteção". Às vezes, os passageiros precisam ficar no meio da rua.
Para Arani Jesus Silva, o ponto perfeito teria banco e cobertura contra as chuvas, exatamente como os pontos de ônibus da Avenida Paulista.
Na Rua Solar, Jardim América, Zona Norte da capital, o ponto de ônibus é identificado por um poste de madeira. Quando chove, as pessoas têm que entrar embaixo de uma marquise em que cabem duas pessoas. "Eles podiam fazer muita coisa diferente. Cobrir, colocar alguma coisa identificando, porque você vê senhoras de idade, mulheres grávidas tomando chuva, vento", fala a estudante Franciele Oliveira França.
A estrutura dos pontos de ônibus precisa ser bem conservada. No dia 13 de setembro, um ônibus bateu no ponto na esquina da Rua Conselheiro Crispiniano com a Avenida São João, no Centro, e a estrutura caiu. Até hoje o ponto não foi recolocado. No local, há apenas uma placa indicando que ali é parada de ônibus.
A SPTrans diz que a instalação de bancos nas paradas é realizada de preferência perto de hospitais, escolas, asilos e postos de saúde. Já para colocar a cobertura, depende do lugar onde está o ponto de ônibus. A calçada tem que ter, no mínimo, 2,5 metros de largura.
Fonte: portal G1, 24 de outubro de 2011