As internações hospitalares de vítimas do trânsito também subiram - 15% -, beirando 146 mil no ano.
A escalada de mortes havia sido interrompida em 2009, primeiro ano completo após a Lei Seca, quando houve queda inédita na década.
No ano seguinte, a quantidade superou patamares anteriores. "Há uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
A pasta atribui a elevação principalmente ao aumento - de 12%, em 2010 - da frota de motos. Pelo segundo ano, as mortes de motociclistas superaram inclusive as de pedestres, sendo líder entre todos os tipos de vítimas cujos detalhes são conhecidos.
O ministério também diz que, ao longo dos anos, houve "melhoria estatística" - de casos que antes eram subnotificados. Porém, diz Padilha, só isso não justificaria as 3.016 mortes a mais de 2010 em relação ao ano anterior.
Responsabilidades
O balanço do ministério foi apresentado no Rio, no 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado pela Associação Nacional de Transportes Públicos.
Técnicos incluem, entre as explicações para a alta do número de vítimas, um provável relaxamento da Lei Seca.
Fonte: Folha de S. Paulo, 29 de outubro de 2011