Em primeiro lugar, o responsável pelo site Automóveldicas, Nelson Cunha Bastos, explica que quanto mais tempo o proprietário ficar com o carro, mais estará aproveitando o investimento feito. Assim, se fica cinco anos com um carro que não exige grande manutenção, você aproveitou mais do investimento do que aquela pessoa que o vendeu com um ano de uso.
Para Bastos, não é possível estabelecer um prazo ideal para trocar de carro. Isso porque o que vai determinar esse prazo é o quanto a pessoa usa o carro.
Os 60 mil km
A sugestão é que o proprietário comece a pensar em trocar de carro assim que atingir os 60 mil km. Uma pessoa que usa muito o carro pode atingir essa marca logo no primeiro ano de uso, então, vale a pena começar a pensar em trocar de automóvel. Outra, que usa muito pouco o carro, pode chegar aos 60 mil km em seis anos.
A partir de tal quilometragem, o carro começa a dar problemas frequentes e o custo da manutenção passa a ser maior. "Os pneus mostram desgastes, será preciso trocar os amortecedores, a correia dentada e assim vai", diz Bastos. Por isso, esse pode ser considerado um momento ideal para a troca.
A lógica é a seguinte: se o carro atende às suas necessidades e não exige grandes desembolsos, não há motivos para a troca. E é justamente aos 60 mil km que ele vai começar a exigir os reparos e as trocas de peças com mais frequência. Em relação à desvalorização de mercado, ela não influencia muito.
Na média, no primeiro ano, o carro desvaloriza de 15% a 20%, frente ao preço de compra. No ano seguinte, desvaloriza mais 10%, aproximadamente. Nos próximos anos, a desvalorização tende a ser ainda menor. Mas, se você não chegou nem perto dos 60 mil km no primeiro ano, não há porque trocar de carro pensando na desvalorização de mercado.
Como prolongar a vida útil do carro?
Para quem tem dúvidas sobre o que fazer para prolongar a vida útil do automóvel, as dicas estão mais próximas do que se imagina, no manual de uso do fabricante. De acordo com Bastos, dicas que podem fazer muita diferença estão presentes nesse manual.
Para citar algumas, o motorista não deve "esticar" demais a marcha, ou seja, esperar para mudar de marcha só quando estiver com um alto nível de rotação. Parar no farol, por exemplo, mantendo o pé na embreagem também não é indicado. Isso faz com que as peças se desgastem mais rapidamente.
Também é interessante evitar andar frequentemente com o carro pesado e o pneu descalibrado, caso queira manter seu carro longe das manutenções por um bom tempo.
Bastos ainda explica que, se o proprietário seguir à risca as recomendações de revisão do fabricante, vai prolongar bastante a vida útil do carro. Também é interessante que as manutenções sejam feitas nas concessionárias autorizadas pelo fabricante.
Fonte: site InfoMoney, 18 de abril de 2012