A legislação é um dos entraves. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) classifica as bikes elétricas como ciclomotores (motos a gasolina com motor de até 50 cm³).
Tais veículos devem ser licenciados, e o condutor precisa ter mais de 18 anos e possuir ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor). As exigências para obter o documento são as mesmas de qualquer tipo de carteira de habilitação, incluindo os cursos práticos e teóricos.
Poluição zero
Na Europa, bicicletas elétricas são isentas de documentação. A velocidade é limitada a 25 km/h.
"Motos elétricas não emitem poluentes, mas, no Brasil, pagam IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) mais alto do que motos pequenas a gasolina", diz Claudio Rosa, presidente da CR Zongshen, empresa chinesa que controla a Kasinski.
No próximo mês, a marca começa a vender a primeira moto elétrica nacional. O quadro e os pneus serão produzidos aqui, mas o sistema elétrico virá da China.
Bikes e motos elétricas custam de R$ 3.000 a R$ 5.000. Trocar a bateria sai, em média, por R$ 1.500. São valores elevados se comparados aos gastos com motos de pequeno porte a gasolina.
A empresa EvoluBike importa três bicicletas elétricas chinesas. "O brasileiro está cansado do trânsito e com pouco tempo para lazer e exercícios. A bicicleta elétrica atende a essas duas necessidades", opina Rogério Rovito, diretor comercial da EvoluBike.
Fonte: Folha de S. Paulo, 22 de abril de 2012