Outras quatro rodovias privatizadas tiveram pedágios reajustados em níveis muito superiores ao da inflação: a Nova Dutra (Rio-São Paulo), a Ponte Rio-Niterói, a BR-290 no Rio Grande do Sul (Concepa) e a BR-040 entre o Rio e Minas (Concer). A tarifa média de pedágio dessas rodovias é de R$ 9,86/km. Já as estradas concedidas no segundo lote, em 2007, têm pedágio médio de R$ 2,96/km.
A diferença se explica, segundo o Ipea, pela falta de experiência do governo na concessão das primeiras rodovias e pelas condições macroeconômicas. Com taxas de juros maiores e risco-país mais alto, a rentabilidade exigida pelos investidores era maior. Na década de 90, a União optou por licitar as rodovias com preço fixo do pedágio, definindo o vencedor dos leilões pelo maior valor de outorga.
A partir de 2007, a definição dos vencedores passou a ser a proposta de menor tarifa. Os contratos da segunda etapa de concessões também têm o IPCA como índice de reajustes dos pedágios. Na primeira etapa, era uma cesta de preços usados na construção e nas obras rodoviárias.
Fonte: jornal Valor Online, 19 de abril de 2012