O levantamento, feito com 404 motoristas entre o fim de março e o início deste mês, em cruzamentos sem semáforos na região central, mostra que, para 52,3% deles, "o pedestre distraído, que fica olhando para os lados", os estimula a não parar.
Dos entrevistados, 46,3% afirmaram que ficar parado na calçada falando ao celular também atrapalha. Outra atitude que confunde 29,2% dos condutores é ver o pedestre na calçada, perto da faixa, conversando com outras pessoas. O fumante que não observa a movimentação dos veículos confunde 18,3%.
O estudante Gustavo Schwinger, de 22 anos, reconhece que fumar pode distrair. "Mas só na hora de acender o cigarro." Para a promotora de eventos Fernanda Peixoto, de 34 anos, atravessar falando ao celular "passa a impressão de distração".
Nenhum dos dois afirma usar o gesto do pedestre para indicar a intenção de atravessar. Para 51,1% dos condutores, a ação reforça a ideia de que alguém quer atravessar. A reportagem ficou ontem por 20 minutos na Rua Frei Caneca com a Avenida Paulista, onde não há semáforo. Nenhum pedestre fez o gesto.
O levantamento ouviu 432 pedestres - 55,6% afirmam que "não fazem nada" para indicar a travessia.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 18 de abril de 2012