"Quem sofre primeiro nesse atrito é a linha de frente, ou seja, os pneus e as rodas, mas os danos podem chegar aos pivôs, terminais, buchas, bandejas, amortecedores e molas", afirma o engenheiro mecânico e colaborador do Comitê de Veículos de Passeio da SAE, José Fernando Penteado.
De acordo com Penteado, o projeto de um automóvel prevê um certo grau de esforço no conjunto de roda, mas dependendo do impacto os componentes podem não aguentar. "Se puder evitar o buraco é melhor, mas caso contrário o mais indicado é manter a velocidade baixa é encará-lo de frente, pois passar de lado aumenta os riscos de rasgar os pneus e a torção da carroceria pode danificar o sistema de suspensão."
Mas se o buraco surgiu de repente e não deu tempo para desviar, o especialista alerta. "Caso entre no buraco, o motorista não deve frear o carro, pois nesta situação a suspensão estará fechada, rígida e sob pressão, o que impedirá que ela se movimente para absorver melhor os impactos."
Se, ao sair do buraco, o motorista sentir a direção trepidar ou o carro puxar para um dos lados, é recomendado encostar o veículo o quanto antes em uma oficina.
Fonte: portal G1, 29 de janeiro de 2010