"É meia hora, R$ 10; uma hora é R$ 18; uma hora e meia, R$ 28; duas horas, R$ 32 e passando disso, R$ 6 a cada meia hora. Se ficar mais de 5 horas, é R$ 64 fixo.", diz um funcionário de estacionamento.
"Se está caro? Um absurdo. Eu passei aqui o que aqui? Três, quatro horas? Pagar R$ 50, por duas, três horas? Um absurdo", diz o dentista Glauguer Alves da Silva.
Segundo uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas em seis capitais e no Distrito Federal, os preços dos estacionamentos subiram em média 11,29% nos últimos 12 meses. A inflação registrada no período foi de 6,59%.
"Gastei o quê? Vinte minutos. R$ 8 por 20 minutinhos", afirma um motorista.
"Se o número de carros nos grandes centros continua crescendo, fatalmente vai haver um contínuo encarecimento desses serviços. Os estacionamentos exploram espaços bem localizados. Então isso também realimenta o processo de encarecimento das vagas nos grandes centros urbanos", diz o economista do FGV/Ibre, André Braz.
No Rio, os preços estão ainda mais altos do que os cobrados no Centro de São Paulo. Lá, o valor mais caro de mensalidade encontrado por nossas equipes foi de 343 reais. Em área nobre da capital paulista, não passou de R$ 380.
No Centro do Rio, em um estacionamento a mensalidade custa até R$ 746. Por R$ 700, ou seja, quase R$ 50 a menos, é possível alugar um apartamento conjugado.
"A relação está errada. Você não pode só criar comércio ou prédios em que você não tenha vagas disponíveis. Enquanto não houver vagas disponíveis isso vai acontecer", diz um motorista.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 12 de abril de 2013