De acordo com a PRF, o levantamento leva em consideração o custo social dos acidentes, que é obtido com o cruzamento de uma série de critérios que abordam o impacto social e familiar (como, por exemplo, o número de acidentes no trecho e o número de vítimas).
Esses fatores formam um índice de gravidade por trecho, utilizado pela instituição para focar as fiscalizações e tentar diminuir a gravidade dos acidentes nesses pontos.
O índice é baseado em estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da PRF, que definem pesos para os acidentes: sem vítima, 1 ponto; com vítima, 5 pontos, e com óbito, 25 pontos. O número de acidentes é multiplicado pela pontuação de cada tipo, gerando a gravidade da área.
Os trechos considerados críticos estão nas estradas federais de 18 estados e do Distrito Federal. Rio de Janeiro e São Paulo possuem 13, e Paraná tem 12 ao todo. Em seguida aparecem Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais, cada estado com seis trechos mais críticos das BRs.
A BR-116 e a BR-101 são as rodovias que mais concentram esse tipo de trecho, a primeira com 24 pontos perigosos, e a segunda com 22, seguidas pela BR-040, com nove pontos.
"Esses trechos críticos estão centralizados em regiões metropolitanas, bastante urbanizadas e com grande quantidade de carros", explica o inspetor da PRF Stênio Pires. O acidente mais comum nesses locais é o atropelamento. "Hoje as rodovias federais viraram avenidas, a exemplo da Via Dutra, em São Paulo. Imagine o pedestre atravessando a Dutra."
Segundo Pires, das 1.366 pessoas que morreram em atropelamentos no ano passado, 800 foram em trechos urbanos. "Se contarmos que a maior parte da malha é via rural, proporcionalmente, representa muito mais."
Já nos dez trechos mais perigosos segundo o ranking, a maior causa de acidentes é a colisão traseira. "A maioria está em áreas urbanas, e no congestionamento, essa ocorrência é recorrente", diz Pires.
Fonte: portal G1, 13 de abril de 2013