Celso Grisi, professor de Economia da Fundação Instituto de Administração (FIA), acredita que lentamente o Brasil, São Paulo em particular, desenvolve uma "vocação para os serviços", que deverá acentuar-se nos próximos anos. "A grande dúvida é o comportamento da inflação nos próximos anos com o crescimento da demanda", afirma Grisi.
Lucio Tezotto, gerente de atendimento da Catho Online, empresa de recrutamento e seleção, avalia que o setor de serviços continuará em ascensão, puxado pelos eventos marcados para o Brasil nos próximos cinco anos, caso da Copa do Mundo de futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. "O público do setor de turismo é exigente e nenhuma empresa poderá treinar seus colaboradores na véspera dos eventos", diz.
Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços, afirma que o setor é o carro chefe da geração de emprego no País. "Também é o maior Produto Interno Bruto (PIB) por setor", afirma. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços foi responsável por 57% do PIB - soma de tudo o que é produzido no País -, que em 2010 atingiu cerca de R$ 3,7 trilhões. "Este ano, a participação dos serviços deve aumentar", avalia.
Fonte: Jornal da Tarde, 15 de março de 2011