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O segmento de comércio e administração de imóveis abriu mais de 8 mil novos postos de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo em janeiro, o que representa 46% das 18 mil vagas criadas no setor de serviços em janeiro. Os números positivos para os postos de trabalho no setor de serviços em janeiro refletem o crescimento da procura, consequência da melhora do mercado de trabalho e da renda no País, avaliam especialistas. Daniel Motta, professor do Instituto Insper, afirma que São Paulo, como principal região metropolitana brasileira do ponto de vista econômico, tende a tornar-se provedora de serviços. "A indústria vai em busca de regiões onde a mão de obra seja mais barata", avalia o professor do Insper. A reportagem é do Jornal da Tarde.
Celso Grisi, professor de Economia da Fundação Instituto de Administração (FIA), acredita que lentamente o Brasil, São Paulo em particular, desenvolve uma "vocação para os serviços", que deverá acentuar-se nos próximos anos. "A grande dúvida é o comportamento da inflação nos próximos anos com o crescimento da demanda", afirma Grisi.
Lucio Tezotto, gerente de atendimento da Catho Online, empresa de recrutamento e seleção, avalia que o setor de serviços continuará em ascensão, puxado pelos eventos marcados para o Brasil nos próximos cinco anos, caso da Copa do Mundo de futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. "O público do setor de turismo é exigente e nenhuma empresa poderá treinar seus colaboradores na véspera dos eventos", diz.
Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços, afirma que o setor é o carro chefe da geração de emprego no País. "Também é o maior Produto Interno Bruto (PIB) por setor", afirma. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços foi responsável por 57% do PIB - soma de tudo o que é produzido no País -, que em 2010 atingiu cerca de R$ 3,7 trilhões. "Este ano, a participação dos serviços deve aumentar", avalia.
Fonte: Jornal da Tarde, 15 de março de 2011

Categoria: Fique por Dentro


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