Segundo cálculos feitos pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) São Paulo, um dos setores afetados pela medida, o aumento deve ficar entre 5% e 10% nos custos gerais. A entidade afirma que o abastecimento dos cerca de 55 mil estabelecimentos do segmento existentes na cidade é feito atualmente em horário comercial.
A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) defende a medida, apesar do provável aumento de gastos, mas a considera um paliativo. Na opinião do diretor executivo da entidade, Antônio Carlos Borges, devem surgir outras soluções paliativas como, por exemplo, a utilização de pequenos veículos de transporte para o abastecimento do comércio. "De qualquer forma, não acreditamos que deva onerar sobremaneira a atividade."
Nem todos no setor produtivo da economia reclamam das novas medidas para tentar diminuir o trânsito de São Paulo. O empresário Isael Pinto, diretor-presidente da General Brands (GB), diz que as entregas nas madrugadas também podem subsidiar possíveis aumentos, já que serão mais rápidas porque se deixará de perder tempo parado no trânsito.
"Cada setor terá de dar a sua cota do sacrifício", disse o prefeito Kassab, ao referir-se às mudanças a serem implantadas no trânsito da cidade.
Fonte: Gazeta Mercantil (SP), 3 de abril de 2008