Segundo o presidente da Codeplan, Rogério Rosso, 12 empresas já manifestaram interesse em participar da construção dos estacionamentos, por meio da Parceria Público-Privada (PPP). Do total, oito são nacionais e quatro estrangeiras, que deverão apresentar projetos, estudos, levantamentos ou investigações para a construção, implantação, sinalização, operação e manutenção dos estacionamentos a uma comissão técnica do GDF.
"A PPP será feita por meio de contrato de concessão entre o GDF e o parceiro privado" lembrou Rosso, que também afirmou que, em setembro próximo, será iniciado o processo de licitação das obras. Segundo ele, as empresas começarão a operar na região somente após a construção total dos estacionamentos. A estimativa de custo para a construção dos estacionamentos é de R$ 800 milhões. De acordo com Rosso, depois da entrega das obras, no segundo semestre de 2009, estará sanado o problema de vagas na região central do DF. "Além dos quesitos espaço e tombamento da área central de Brasília, os estacionamentos subterrâneos vão melhorar a acessibilidade e mobilidade urbana e estimular o comércio local, em consonância com o Projeto Brasília Integrada e as políticas de trânsito do GDF", explicou.
O GDF determinou a elaboração de estudos para a construção de estacionamentos subterrâneos às vésperas de a cidade atingir a marca de um milhão de veículos. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran-DF), o número será alcançado em maio. O Distrito Federal tem, atualmente, um carro para cada dois habitantes, a mesma proporção da cidade de São Paulo. O resultado desses números elevados é a falta de vagas para estacionar e engarrafamentos constantes.
O drama para achar uma vaga é comum a quase todos que circulam pela área central da capital. A gerente de vendas Girlane Alves, que trabalha no Setor Comercial Sul (SCS), todo dia depara-se com o problema. A solução encontrada pela gerente é deixar a chave do carro com um dos flanelinhas do local. "Não posso perder o horário de trabalho. Tenho que bater ponto", explicou Girlane. A mesma tática é utilizada pelo empresário Alfredo Filho, 52 anos, que vai ao SCS duas vezes por dia. "Para achar vaga, tem que chegar às 7h. Como chego às 9h, deixo o carro com o flanelinha", afirmou. Eles esperam que os estacionamentos subterrâneos sejam a solução definitiva para os problemas que encontram diariamente. "Vai ser muito bom. Não me importo de pagar, desde que haja segurança e tranqüilidade ao chegar e sair do trabalho", explicou Girlene.
Fonte: O Tempo - Belo Horizonte (MG), 1º de abril de 2008