Parking News

O jornal Diário de S. Paulo visitou as cinco regiões da cidade para comparar o preço de itens de cinco empresas, dos ramos de alimentação, estacionamento e entretenimento. O resultado, revela, foi uma diferença de até 100%. A região mais barata é a Zona Leste e a maior diferença é o do preço entre a primeira hora de estacionamento no Centro e na Zona Sul. Enquanto o da primeira região cobra R$ 7,00, o mesmo estabelecimento na segunda tem um custo de R$ 3,50.
De acordo com o setor, a diferença de preços nos estacionamentos ocorre em função de uma série de fatores, como valor do metro quadrado, o tipo de empreendimento (número de vagas, infra-estrutura etc.) e de serviço prestado (se há valet, qual horário de funcionamento e outros). "O preço também depende do tipo da garagem, se ela é de rampa, se exige mais mão-de-obra. Além disso, em lugares onde a procura excede a oferta, a tendência é de custo alto", explica Helio Cerqueira Junior, diretor da Estapar.
Um dos maiores prazeres do paulistano, diz a reportagem, é ir ao cinema. Nesse quesito, a variação no custo da entrada chega a 75% na rede Cinemark. O ingresso de quarta-feira sai por R$ 14,00 no Shopping Páteo Higienópolis, enquanto no Shopping Metrô Tatuapé é de R$ 8,00. A diferença paga seis casquinhas no Mc Donalds do centro de compras. Quanto ao aluguel de DVDs, R$ 5,00 é o preço do lançamento na Blockbuster da Zona Leste; já nas do Centro e Zona Oeste ele vai para R$ 8,00.
Os itens de alimentação nos estabelecimentos pesquisados variaram bem menos. No Extra, a única diferença encontrada foi no preço do biscoito Bono, que custava R$ 1,29 na unidade do Javari, na Zona Oeste, enquanto saía por R$ 1,59 nos outros lugares. No Mc Donalds, o que variou foi o preço da casquinha: R$ 1,00 na Zona Norte e Leste, em comparação com R$ 1,50 cobrado nas demais regiões.
"As variações existem mesmo. Dependem muito do custo de manutenção, do poder aquisitivo da região e do giro de mercadorias", explica Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial. Os especialistas afirmam que grande parte da variação de preços encontrada nas diversas regiões da cidade é fruto da diferença no preço do aluguel ou no custo do imóvel. De acordo com a última pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci), em janeiro deste ano, o aluguel de um apartamento de três dormitórios saía, em média, por R$ 1.325,76 nos bairros mais valorizados da cidade (Boa Vista, Alto de Pinheiros, Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis, Itaim Bibi, Jardim Anália Franco). Já nos menos valorizados (Brasilândia, Capão Redondo, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaquera etc.), esse valor caía para R$ 553,33: uma variação de 139,59%.
"A lei da oferta e da procura explica muito desse comportamento. Onde há menos imóveis para locação, o preço tende a ser maior. A liquidez, no caso da compra de apartamentos e casas, também influencia bastante no preço. Quanto mais fácil for vendê-los, mais caros eles serão", explica José Augusto Viana Neto, presidente do Creci.
O aluguel de casas também segue o mesmo comportamento. O imóvel com dois dormitórios na Zona A ficava por R$ 1.100,00, ou R$ 665,00 a mais do que os R$ 435,00 cobrados na Zona E. Dá para ver por que isso afetaria o preço dos produtos. "O aluguel e o preço do condomínio são dois dos fatores que influenciam bastante na hora da definição do preço", afirma Solimeo. O preço do metro quadrado também é um bom indicador das diferenças que o empresário enfrenta em seus custos. A metragem de área útil, para imóveis de até sete anos, na Zona A saía por R$ 2.978,28, enquanto na D ele caía para R$ 2.035,44.
Fonte: Diário de São Paulo (SP), 6 de abril de 2008

Categoria: Geral


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