O fechamento definitivo do trecho ainda aberto ao tráfego da Perimetral, realizado na madrugada de domingo, permitirá o avanço das obras dos túneis da Via Expressa, hoje com pouco mais de 530 metros escavados. Apesar das críticas do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, que considerou a interdição precipitada, o prefeito Eduardo Paes disse que seria impossível terminar as obras dos túneis na Zona Portuária com o elevado ainda de pé.
O certo é que o impacto no trânsito foi bem pior do que a prefeitura estimava. Os problemas começaram logo cedo e, de acordo com o Centro de Operações Rio (COR), foram registrados pontos de retenção no Aterro do Flamengo, nas proximidades da entrada do Mergulhão da Praça XV e no próprio mergulhão, bem como na Avenida Presidente Antônio Carlos, na Rua 1º de Março e na Via Binário do Porto, entre outros locais. Para tentar melhor ordenar o trânsito na região do Centro, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) agiu com rigor e, com o apoio de guardas municipais, agentes do órgão multaram 61 veículos, além de terem rebocado outros 35 por estacionamento irregular.
Mais mudanças
A partir de sábado, a Avenida Rio Branco, no trecho que vai da Praça Mauá até a Avenida Presidente Vargas, passará a operar apenas sentido Praça Mauá. Em 8 de fevereiro, o Mergulhão da Praça XV também será interditado e a circulação de carros particulares na Avenida Rio Branco será proibida a partir da Avenida Presidente Vargas até a Avenida Beira-Mar, transformando-se numa via de mão-dupla exclusiva para táxis e ônibus com ligação direta ao Aterro do Flamengo e a Presidente Vargas, nos dois sentidos. Nesta nova fase, será retirada uma extensão de 1.689 metros do elevado, no trecho que vai da Rua Visconde de Inhaúma até o III Comar, na altura da Praça XV, onde há a descida para a Avenida General Justo. A metodologia aplicada desta vez não será da implosão, mas de demolição e desmonte, devido à proximidade dos edifícios vizinhos.
Fonte: Jornal do Commercio (RJ), 28 de janeiro de 2014