No novo sistema, destaca a Folha, a pessoa pode registrar a queixa pela internet, no computador da delegacia, por escrito - em formulário próprio - ou com ajuda de um policial.
Integração social
Segundo o delegado-geral Marcos Carneiro Lima, a intenção é transformar as delegacias em "prontos-socorros sociais" e melhorar a imagem da instituição. "Para que as delegacias sejam para a Polícia Civil o mesmo que os bombeiros são para a PM." O delegado diz que hoje já é possível registrar alguns casos não criminais. Isso, porém, depende muitas vezes da boa vontade do policial. Agora, diz ele, essas reclamações não serão mais desprezadas. Depois do registro, serão analisadas por um delegado para encaminhamento. Se houver indício de crime, o caso será investigado. Mas, se for uma relação de consumo ou de "cidadania", a queixa será encaminhada aos "órgãos competentes" como Eletropaulo, Sabesp, Procon ou prefeitura. Pode servir, pelo menos, para a pessoa se resguardar de problemas futuros.
A presidente da associação dos delegados, Marilda Aparecida Pansonato Pinheiro, diz que essa iniciativa tem um apelo social importante, mas vê problemas na execução devido à falta de funcionários. A Polícia Civil, que tem cerca de 35 mil funcionários, é responsável pela investigação de todos os crimes, como furtos, roubos e homicídios. Lima afirma que as delegacias precisarão melhorar sua gestão para atender essa nova tarefa.
Fonte: Folha de S. Paulo, 1 de julho de 2011