Nas últimas três semanas, foram registrados nas ruas de São Paulo pelo menos 15 acidentes graves em que o condutor do carro aparentava sinais de embriaguez. Oito deles aconteceram depois das 4 horas. O foco das blitze agora estará voltado para o jovem que sair mais tarde de casas noturnas, sobretudo nas regiões de Pinheiros, na zona oeste, e Itaim-Bibi, na zona sul.
Outra medida que promete fechar o cerco contra infratores é a utilização nas abordagens nas estradas paulistas de um bafômetro que detecta se o condutor bebeu, sem que ele precise assoprar o aparelho, o etilômetro passivo. "A intenção é fazer com esse aparelho uma triagem daqueles motoristas que serão encaminhados para o bafômetro tradicional. Isso aumentará o número de motoristas fiscalizados e dispensará mais rápido aqueles que não beberam", explicou o comandante do Policiamento Rodoviário, coronel Jean Charles de Oliveira.
Ele acrescentou que os equipamentos devem começar a ser utilizados no verão. Mas as autuações continuarão sendo feitas só com base no bafômetro tradicional, que registra a quantidade de álcool no organismo.
Ainda assim, o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual Tomás Busnardo Ramadan acha que o uso do novo aparelho ajudará nos processos. "As informações do bafômetro passivo, junto com as do exame clínico, podem reforçar as provas apresentadas nas denúncias de embriaguez ao volante, principalmente em casos com vítimas."
Como funciona o etilômetro passivo
- Sem soprar
O sensor do aparelho "fareja" o álcool no ambiente
- Sensibilidade
As luzes amarela, vermelha e verde identificam os níveis
- Luzes verde e amarela
Indicam de 0 a 0,29 ml de álcool por litro de ar expelido
- Luz vermelha
Acima de 0,30 ml/l, configura crime de trânsito
Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de outubro de 2011