O limite permitido nesse caso é de 92 decibéis para coletivos com motor na frente e 98 nos que os trazem atrás. Dentro do ônibus, o máximo de ruído - para evitar danos ao motorista e aos usuários - deve ser de 84,9 decibéis. O limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os ouvidos é de até 50 decibéis.
E os fortes ruídos, mesmo se forem breves, causam mais do que irritação. Segundo o otorrinolaringologista Italo Medeiros, do Hospital das Clínicas, a exposição a barulhos muito altos por alguns minutos pode ocasionar danos irreversíveis aos ouvidos. "Dependendo da intensidade sonora e da predisposição da pessoa, pode haver lesão", diz.
O especialista em transportes Marcos Galesi explica que, no geral, os motores dos coletivos de São Paulo não são mais barulhentos do que no resto do mundo. "Tudo depende do bom isolamento acústico do motor."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 24 de outubro de 2011