Outras duas avenidas da região, a Ragueb Chohfi e a Sapopemba, também figuram na lista das dez mais perigosas para os pedestres. Para o engenheiro de tráfego e ex-técnico da CET Alexandre Zum Winkel, essa situação pode ser explicada por questões de prioridade no deslocamento dos 2,4 mil marronzinhos que fiscalizam o trânsito. "São Paulo é muito grande e o número de agentes ainda não é suficiente para atender a cidade como uma coisa uniforme. Então, regiões prioritárias, como a englobada pelo minianel viário, têm sua atenção redobrada." Consequentemente, segundo ele, o número de infrações a pedestres anotadas nesses pontos é maior do que em outros lugares. O centro fica justamente no miolo do minianel viário, formado por vias como as avenidas dos Bandeirantes e Salim Farah Maluf e as marginais do Tietê e do Pinheiros. A área também funciona como passagem e ligação entre as diversas regiões da cidade, com um grande volume diário de veículos.
Quem frequenta o centro e mora em bairros mais distantes afirma que, na comparação, o respeito a quem atravessa a rua é menor nas áreas afastadas.
Estatísticas das primeiras quatro semanas da expansão do programa de proteção ao pedestre a toda a capital revelam que, depois da região central, a zona sul é a que teve mais carros multados: 6.596. Depois, vem a zona norte, com 4.899 multas. No último lugar está a zona oeste, onde houve 2.203 autuações. Em média, na cidade, há 1,1 mil multas por dia. Desde 8 de agosto, quando o programa começou no centro, foram aplicadas 42.192 multas no total.
Fonte: Jornal da Tarde (SP), 19 de outubro de 2011