Diversos cruzamentos também vão ganhar faixas de pedestres elevadas. Além de incentivar os veículos a reduzir a velocidade, elas tornam as travessias mais visíveis. "Será uma continuação da calçada mesmo", afirma a superintendente de Educação e Segurança da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Nancy Schneider.
As quase 30 faixas da região que poderão receber esse tratamento já foram mapeadas pelo órgão. O material escolhido para a sua construção ainda não foi definido, mas provavelmente será o concreto, por deformar menos do que o asfalto com as constantes frenagens dos carros.
O primeiro passo das melhorias das calçadas, no entanto, será a remoção de obstáculos que atrapalham a mobilidade dos pedestres, como postes sem uso e orelhões que ficam no meio do passeio. Algumas bancas de revistas também poderão sair. A etapa seguinte, segundo a previsão da Prefeitura, é a troca do piso das calçadas. Por fim, haverá a instalação de botoeiras sonoras - que avisam quando o sinal do pedestre fica verde.
Também está prevista a colocação de mais avanços de passeio - os "puxadinhos" azuis, como o que foi instalado no Largo do Paiçandu - em esquinas da Rua Maria Paula. No Viaduto Brigadeiro Luís Antônio e na Rua Libero Badaró, estuda-se ampliar fisicamente as calçadas. Para isso, haverá, respectivamente, a retirada do excedente da baia de ônibus sentido Jardins, e das faixas de estacionamento, nos dois lados da via.
As obras devem começar em janeiro e ser entregues em um ano, segundo estimativa do presidente da Câmara Municipal, José Police Neto, um dos incentivadores da iniciativa. Pedestres ouvidos pela reportagem na Avenida São Luís apoiaram a iniciativa.
A urbanista da USP Maria Lucia Refinetti diz que o foco desse tipo de ação deveria ser fora da região central, onde há calçadas em condições piores do que as que serão reformadas. "Nos bairros mais periféricos não existe só problema de obstáculos, mas de atropelamentos por causa das calçadas estreitas".
Fonte: Agência Estado, 18 de outubro de 2011