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Símbolo da agitação de São Paulo, a avenida Paulista já foi palco de quase 1.100 protestos neste ano, o que dá uma média de três por dia, dos mais variados tamanhos. Os dados, da Polícia Militar, também revelam que de janeiro até agora houve 70 manifestações no local que causaram um impacto significativo no trânsito da região, onde há sete hospitais, um deles o Hospital das Clínicas. Há impacto significativo, de acordo com a PM, quando mais de uma das oito faixas é bloqueada (cada lado da avenida tem quatro faixas). No rush, 7 mil veículos, entre eles ônibus de 30 linhas, trafegam por hora na via, que, muitas vezes, fica parada por causa dos protestos, destaca a Folha de S. Paulo.
Monitoramento
As manifestações estão mobilizando a inteligência da PM, que passou a fotografá-las e filmá-las, além de rastrear páginas na internet, tudo para tentar responsabilizar quem bloqueia a Paulista.
Os dados são encaminhados para o Ministério Público Estadual, que pode ou não entrar com uma ação civil contra os manifestantes.
Antes, quem fazia o monitoramento e enviava os dados aos promotores era a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da prefeitura.
Processos
Dezenas de processos chegaram a ser abertos na Justiça, alguns deles contra a Apeoesp, o sindicato dos professores estaduais paulistas.
As punições previstas, como multas, porém, nunca chegaram a ser aplicadas.
Direitos e deveres
A Constituição garante o direito de manifestações públicas. Uma lei municipal de 1996 regula os protestos na Paulista. É necessário comunicar a CET com cinco dias de antecedência ao protesto.
A PM também pede para ser avisada antecipadamente, até para que não haja muitos atos num mesmo dia.
Limitações
De acordo com a PM, manifestações com até 1.000 pessoas no local não afetam o trânsito consideravelmente. "Acima de 1.000 é difícil fazer com que os manifestantes ocupem só uma das faixas da Paulista, e isso afeta o trânsito", diz Oliveira Filho.
Grandes aglomerações na Paulista e os consequentes problemas de trânsito causados por elas obrigaram a prefeitura a limitar, pelo menos, os eventos oficiais na via.
Por um acordo assinado junto ao Ministério Público, só três podem bloquear a Paulista: a Parada Gay, a corrida de São Silvestre e o Réveillon.
Fonte: Folha de S. Paulo, 21 de dezembro de 2011

Categoria: Cidade


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