Segundo Camilo, as câmeras são uma resposta a esses e outros tipos de crimes na capital. "Pela experiência, diria que 50% dos latrocínios envolvem roubo de veículos", diz o delegado-geral da Polícia Civil, delegado Marcos Carneiro. Em relação ao latrocínio, há aposta também no novo departamento voltado especialmente para o crime: a 3.ª Delegacia de Polícia de Repressão a Homicídios Múltiplos e Latrocínios.
Quanto às câmeras, a ideia é recorrer a elas para rastrear veículos em fuga pelas vias, incluindo aqueles usados para crimes em outras localidades mais afastadas. Apesar da chegada das câmeras, o patrulhamento de 54 pontos das Marginais, iniciado em julho após uma onda de assaltos, será mantido.
As câmeras serão ligadas a uma central de monitoramento 24 horas, a ser construída no Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), e terão as imagens transmitidas também para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). A central, que atende os chamados do 190, é a responsável por gerenciar as atuais 270 câmeras da PM na cidade. A Polícia Militar também tem acesso a 100 câmeras da Prefeitura, com quem pode compartilhar as novas unidades.
Os dispositivos têm capacidade de enxergar em um raio de 360º e podem contar com um zoom de até 600 metros, o que permite visualizar a placa dos veículos e o rosto do condutor. As câmeras também são removíveis, podendo ser reinstaladas de acordo com a necessidade. As imagens gravadas são comparadas com um banco de dados criminais da PM, chamado Fotocrim.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 28 de dezembro de 2011