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A política de implantação dos corredores exclusivos de ônibus é uma medida que encara a realidade da mobilidade urbana de São Paulo de frente, porém tem um prazo de validade que pode em breve expirar. Essa é a opinião do consultor especialista em trânsito Flamínio Fichmann. Para ele, a capital paulista precisa de um modelo de pedágio urbano exclusivo que cobre pelo uso de uma via congestionada.
"É necessário cobrar pela utilização das vias que apresentam tráfego intenso durante todo o dia. A ideia é reduzir o número de carros nas ruas e avenidas e transformá-las em um grande corredor para o transporte coletivo, que seria isento do pagamento desta taxa", disse à Folha o consultor. Segundo ele, esta medida teria que vir associada à extinção da cobrança do IPVA (Imposto sobre Veículos Automotores), que, de acordo com Fichmann é uma cobrança que não é revertida à população de maneira clara.
O arquiteto ainda pede para que a "caixa preta" do transporte público de São Paulo seja aberta. A ideia é rever o modal e adequá-lo à realidade existente na cidade.
"O Bilhete Único permite que a prefeitura faça uma pesquisa de origem e destino em São Paulo. Este estudo precisa beneficiar o usuário do transporte público e não os empresários. Precisamos mudar as linhas, colocar linhas mais curtas com intervalos menores que liguem os bairros aos ramais de maior fluxo", explicou Fichmann.
Para o consultor, São Paulo precisa diminuir para evitar um colapso no trânsito. Segundo ele, é preciso criar oportunidades nas periferias e nas cidades da Grande São Paulo, pois a capital "não aguenta mais ninguém".
Fonte: Folha de S. Paulo, 29 de julho de 2013

Categoria: Geral


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