Após meses de obras, denúncias de danos ambientais e um investimento de US$ 25 milhões, as 20 faixas habilitadas para o tráfego da avenida foram reduzidas a 16 para dar espaço às zonas exclusivas de ônibus.
O Metrobus vai contar com 17 estações em 3,5 quilômetros de extensão, por onde circularão veículos de 11 linhas de ônibus que transportarão diariamente cerca de 200 mil passageiros, em um percurso muito similar ao de uma das principais linhas de metrô da cidade.
Apesar do alto investimento e dos meses de obra que transformaram em pesadelo o trânsito pelo centro da cidade, o Metrobus não é garantia de solução para os problemas do trânsito portenho.
?Não há nenhuma forma de diminuir os congestionamentos de veículos porque todo dia há um carro novo na rua?, reconheceu o subsecretário de Transporte de Buenos Aires, Guillermo Dietrich.
Segundo cálculos oficiais, cerca de dois milhões de carros circulam todos os dias em Buenos Aires, número que representa um aumento de 40% da frota nos últimos oito anos. Esse incremento é atribuído pelas autoridades à melhora econômica e ao crescimento populacional da região metropolitana da capital.
Especialistas denunciaram insistentemente a falta de investimento em infraestrutura e vias rápidas, a insuficiência de estacionamentos e a necessidade de controlar o trânsito pesado em uma cidade por onde circulam diariamente pelo menos 50 mil caminhões.
Mas ninguém melhor que um taxista de Buenos Aires para julgar o último projeto do prefeito. ?Pitoresco vai ficar, isso está claro, o trânsito não vai melhorar?, concluiu Ovidio, um taxista com mais de 30 anos de experiência no volante percorrendo Buenos Aires.
Fonte: agência EFE, 24 de julho de 2013