A pesquisa também concluiu que, nove entre dez bikes elétricas produzidas no mundo são destinadas à população chinesa ? que utiliza os veículos como alternativa de mobilidade, para percorrer longas distâncias nos centros urbanos. De acordo com o levantamento, a venda das bicicletas que usam energia já movimenta 8,4 bilhões de dólares. Em 2020, a expectativa é que o mercado desse setor chegue a produzir quase 11 bilhões de dólares.
Por outro lado, a falta de estrutura cicloviária nos grandes centros urbanos da China causa muitos acidentes com ciclistas: atualmente, quase 50% das ocorrências envolvem uma bicicleta elétrica. Com o crescimento dos acidentes, as autoridades das principais cidades do país afirmaram que pretendem investir em infraestrutura e segurança no trânsito, melhorando a sinalização nas vias públicas.
Mas apesar de as bikes elétricas dominarem o mercado chinês, a população europeia também vem usando cada vez mais o veículo sustentável. Assim, 20% da receita anual das bicicletas movidas a eletricidade vêm da Europa ? além disso, o levantamento realizado pela consultoria também identificou um aumento das empresas do setor.
Aqui no Brasil o compartilhamento das vias com as bicicletas elétricas ainda gera polêmica. As discussões são agravadas porque o próprio Código de Trânsito Brasileiro ainda não menciona o veículo ? somente uma portaria do Conselho Nacional de Trânsito, de 2009, as compara com as motos, exigindo a habilitação do ciclista e até mesmo o emplacamento e o licenciamento anual das bicicletas.
Fonte: revista Exame, 29 de julho de 2013