Outra justificativa é que há impunidade generalizada na vigilância desses veículos.
Muitas motos escapam dos radares por circularem fora das faixas de rolamento, pelo tamanho reduzido da placa e por não terem identificação dianteira (os flagrantes de boa parte dos aparelhos são realizados pela frente).
Segundo a CET, com a fiscalização fixa, o custo de locação diminui. O órgão decidiu ainda que seis radares portáteis - em formato de pistola - recém-adquiridos não serão mais usados para multar, mas para identificar locais que requerem radar fixo.
A cidade de São Paulo já chegou a ter 40 radares móveis na década passada, dos quais tinham restado 13. Os "sobreviventes" eram utilizados só no período diurno.
No ano passado, as 126 mil multas desses equipamentos foram minoria - 3% do total da fiscalização eletrônica.
Mesmo assim, técnicos da própria CET defendiam a manutenção dessa vigilância devido ao efeito psicológico.
"O poder público tem a obrigação de informar qual é a velocidade permitida das vias. Mas também é uma obrigação dele não deixar que ela seja excedida", afirma Ailton Brasiliense, presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
O especialista Horácio Augusto Figueira diz ser contrário à obrigatoriedade de placas de alerta da fiscalização de velocidade nas vias. "O cidadão não precisa saber onde tem fiscalização. Só precisa respeitar os limites."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 9 de outubro de 2011