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Uma operação policial contra valets ilegais deteve nove pessoas dia 6 de outubro no agitado bairro boêmio da Vila Madalena (zona oeste de SP). Duas permaneciam na prisão. A blitz flagrou até um manobrista de valet que não tinha carteira de habilitação. A polícia afirma que esses valets garantiam aos clientes por escrito nos tíquetes que guardavam os carros em local fechado e com seguro, mas deixavam os veículos na rua. Os presos são o dono de um valet e um manobrista procurado por dever pensão alimentícia à ex-mulher. As investigações indicam que essas empresas reservavam vagas com cones e faixas, proibindo moradores de estacionar em frente a seus imóveis. As reservas de vagas eram feitas à tarde e só eram ocupadas pelos valets à noite, contatou reportagem do jornal Agora.
O preço para o cliente varia de R$ 15 a R$ 20. As blitze se concentraram em seis bares na rua Aspicuelta que ofereciam o serviço, diz a polícia, irregular. São eles: Posto 6, Salve Jorge, Baía de Guanabara, José Menino, Filial e Santa Gula. A polícia ainda não sabe se os donos dos bares eram coniventes com o modo de operar das empresas. Os contratos entre os bares e os valets serão analisados. "Esse pessoal age como gangue ao intimidar os moradores do bairro", diz o delegado Osvaldo Nico Gonçalves. A praça Senador Lineu Prestes e a rua Aspicuelta, no número 130, eram os principais bolsões para os carros. O relatório de investigação contém fotos dos cones usados para reserva de vagas, de homens em esquinas identificados como seguranças, de manobristas parando carros em fila dupla e de um homem uniformizado supostamente tentando intimidar um policial não identificado.
Apenas o dono de um dos valets foi identificado e indiciado sob suspeita de estelionato. Até o dia 7, ele não tinha advogado. O bar Filial informou estar providenciando a troca da empresa de valet. Os bares Posto 6 e Salve Jorge disseram que não sabiam das irregularidades. O José Menino informou que os carros são colocados em estacionamentos. Representantes dos outros bares não foram localizados.
Na noite seguinte, tudo volta ao normal
Um dia depois da operação policial, o serviço de valet na Vila Madalena voltou a funcionar dia 7 praticamente da mesma forma. A Polícia Civil não esteve no bairro. A reportagem esteve em cinco dos seis locais onde a polícia disse haver problemas. Em três deles, as empresas eram exatamente as mesmas: nos bares Posto 6, Salve Jorge e José Menino. "Eu achei que nem fôssemos trabalhar hoje. Liguei para o patrão, mas ele disse que era para vir normalmente", disse um funcionário que pediu para não ser identificado. No Filial, um funcionário do valet informava a desativação temporária do serviço.
Fontes: o tema foi abordado por diversos veículos, entre eles Agora São Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, televisões e rádios

Categoria: Mercado


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