"O mato está muito alto. Você não vê a placa. Tem que retornar 10 km depois", conta um homem.
Em outro ponto da 040, na Zona da Mata, quem não tiver atenção vai frear em cima do quebra-mola. Não dá para ver as placas de velocidade e da lombada.
Tem ainda as enferrujadas, quebradas. "Quem não é daqui fica perdido", destaca um caminhoneiro.
Cláudio tem que parar o trabalho no posto para orientar os perdidos. "Para onde ir, quantos quilômetros para eles chegarem normalmente", ele conta ao Jornal Nacional.
Em uma rodovia de trânsito rápido, a recomendação do Denatran é de que a distância mínima entre as placas seja de 50 metros. Mas em um ponto, são três em um trecho de mais ou menos 25 metros.
"Quando você tem excesso de informação, muitas placas próximas umas das outras, você tem problema de tomada de decisão. Você vai passar do local, não vai chegar a conseguir acessar aquele ponto a que estava destinado", alerta o engenheiro Márcio Aguiar.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes declarou que criou um programa para melhorar a sinalização nas estradas. A nova sinalização deve ser implantada a partir desse ano nos 58 mil km de rodovias federais asfaltadas de responsabilidade do Dnit e deve ser concluída em cinco anos.
Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo), 14 de fevereiro de 2013