Também conhecido como pallet deslizante, o trilho é um dos equipamentos mais usados. Com estrutura simples, ele precisa de um espaço mínimo de três vagas consecutivas, sem pilares no meio, para que os veículos sejam deslocados de um lado para outro. Funciona bem para vagas onde um carro fica na frente de outro, impedindo a passagem.
O Edifício Hípica Paulista, no Brooklin, zona sul, tem quatro trilhos na garagem que foram posicionados no meio do estacionamento. Eles são usados quando as vagas fixas estão ocupadas. O motorista deixa o carro em cima dessa estrutura, com a garantia de que não vai atrapalhar a passagem. Como o sistema é deslizante, o carro se desloca automaticamente, mesmo que esteja trancado e desligado.
O elevador, porém, tem instalação mais limitada. Primeiro há de se levar em conta o espaço. É necessário que a garagem tenha um pé direito alto, superior ao convencional - 2,40 metros. Se o elevador não foi concebido no projeto inicial da edificação, ele deve ser colocado no pavimento que esteja em contato direto com o solo para não sobrecarregar os pilares. Além do peso da máquina do equipamento, o espaço calculado para um carro vai receber dois.
Há equipamentos mais compactos. A princípio, eles têm um sistema que lembra o de elevador usado para a troca de óleo dos carros em postos de gasolina. "O sistema é mais complexo. Trata-se de um elevador hidráulico automático", explica Hélio Lintomer, engenheiro da Easy Parking, empresa especializada.
Redesenho
Em muitos casos, são necessárias obras pontuais ou até um novo redesenho das vagas. Em um prédio de luxo na Vila Olímpia, os problemas começam no acesso à garagem. "Tive de desativar o portão de saída. Os carrões não passavam pelo corredor anterior e ficavam ali emperrados", diz o síndico Nelson Boni. "O jeito foi desativá-lo. Agora, todos entram e saem pelo portão de entrada. Só que isso provoca congestionamento na rua. Por isso, vamos alargar o portão", diz o síndico, que tem uma lista de modificações para ser feita na garagem.
No segundo mandato como síndico, Boni sempre teve de lidar com queixas motivadas pelas vagas. "Garagem sempre é o maior problema até mesmo aqui, onde cada apartamento tem em média quatro vagas", diz Boni.
O síndico explica que muitas vagas de moto ficam coladas às dos carros. "E os donos dos veículos reclamam que não podem abrir as portas." Ele chamou um especialista para remanejar as vagas, que cobrou R$ 2 mil por uma planta nova. "Não foi fácil porque quem tem vaga boa não quer abrir mão." No novo projeto, há um bolsão para motos e um bicicletário.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17 de fevereiro de 2013