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Saber o consumo de energia de um eletrodoméstico tornou-se algo fácil para o consumidor brasileiro - todos os novos modelos já saem de fábrica com a informação etiquetada. Mas quando quer comprar um veículo, o consumidor ainda não tem acesso ao mesmo tipo de informação. A conclusão é de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e divulgada ao jornal Valor Online. O órgão apurou por um mês informações sobre eficiência energética - a quantidade de combustível necessário por quilômetro rodado - e o volume de gases de efeito estufa e demais poluentes emitidos pelos modelos nacionais.
Foram analisados manuais de carros e sites das onze maiores montadoras em atividade no País - Volkswagen, Citroën, Nissan, Fiat, Peugeot, Renault, Hyundai, Honda, Toyota, Ford e General Motors (GM). Os pesquisadores do Idec também recorreram aos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) e consultores das concessionárias. Finalmente, enviaram questionários às montadoras. Mas não obtiveram resposta a essas duas perguntas da maioria das fabricantes de carros.
"Muito se fala da responsabilidade do consumidor na hora da compra. Mas para exercer isso, ele precisa de informação", afirma a coordenadora-executiva do Idec, Lisa Gunn.
Outro ponto que o relatório do Idec questiona é a pequena adesão ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, criado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) em 2008. Tal como nos eletrodomésticos, o selo aponta a eficiência energética dos veículos produzidos no País, questão que ganha atenção pela economia para o consumidor e pelas discussões de combate ao aquecimento global. Segundo o estudo, apenas cinco montadoras disponibilizam os selos emitidos pelo Inmetro - Fiat, Volks, GM, Kia e Honda.
Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que representa o setor, a baixa adesão se explica pelo fato de o programa ter sido lançado em abril. "As informações não são rápidas nem fáceis de serem passadas. Para a segunda fase, certamente haverá um número significativo de montadoras (no programa)", diz Henry Joseph Junior, presidente da comissão de Energia e Meio Ambiente da Anfavea.
Fonte: Valor Online, 15 de setembro de 2009

Categoria: Geral


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