A missão de criá-lo coube ao designer turco Alec Issigonis, que trabalhava na fabricante britânica British Motor Corporation (BMC). Foi assim que, em agosto de 1959, a BMC revelou dois modelos revolucionários, o Morris Mini-Minor e o Austin Seven. Com 3,05 m de comprimento, espaço para quatro ocupantes e porta-malas com capacidade para 195 litros, ambos se diferenciavam apenas por detalhes externos, como grade frontal, rodas e cores da carroceria. Sob o capô, Mini e Austin traziam motor quatro cilindros, de 848 cilindradas e 34,5 cavalos de potência. O preço? 496 libras.
Depois de seu lançamento, em 1959, a receita de Issigonis fez sucesso e logo a BMC lançava outras variantes do compacto. Em 1960, já surgia o Morris Mini-Van, com carroceria alongada, e em seguida a versão Estate, com as mesmas características, mas com vidros também nas laterais e portas traseiras.
Sucesso nas pistas
Em 1961, o talento do Mini para a esportividade, graças à suspensão e motor eficientes, foi reconhecido pelo preparador e piloto de corridas John Cooper, amigo íntimo de Issigonis, e que ficou famoso ao implementar o primeiro motor traseiro em um carro de Fórmula 1. Cooper recebeu dos executivos da BMC o desafio de desenvolver uma série especial do compacto, de mil unidades, com motor mais potente: 1.0 litro de 56 cavalos.
E não demorou muito para que o Mini "esportivo", então com sobrenome Cooper, ficasse ainda mais apimentado. Envolvidos com o projeto, Issigonis e Cooper criaram o Mini Cooper S, com 1,071 cm3 de volume deslocado e potência de 71 cavalos. Era o início de uma outra história de sucesso do Mini, dessa vez nas pistas de corrida. Em 1964, o Cooper S já despontava como o campeão do Rali de Monte Carlo, em Mônaco, prova que também conquistou em 1965 e 1967.
Com o passar dos anos, muitas versões do Mini e do Mini Cooper foram criadas, saíram de linha e voltaram ao mercado. No início da década de 90, já nas mãos do britânico Rover Group, o compacto ganhou seu primeiro modelo conversível, o Mini Convertible, inspirado em um Mini "tunado" por preparadores alemães. De 1993 a 1996, foram vendidas mais de mil unidades do modelo.
Festa dos 50
Meio século depois, o britânico MINI se fortalece como um ícone da indústria automobilística. Sob o comando do Grupo BMW, desde 2000, a marca ganhou imponência (agora com letras maiúsculas, MINI) e o carro, status de luxo. Totalmente reformulado, o MINI Cooper do século XXI traz as lembranças do antecessor no visual retrô e no espírito esportivo. O compacto é produzido atualmente na fábrica da BMW em Oxford, no Reino Unido, de onde é exportado para mais de 60 países, incluindo o Brasil.
Seguindo os passos do antecessor, que se tornou o "mimo" de famosos e celebridades na década de 60, o novo MINI criou uma nova legião de fãs em todo o mundo, ganhando inúmeras interpretações de artistas e aficionados por automóveis, já que traz a característica de ser facilmente personalizado. Movimentos culturais, como o MINI United Festival, realizado anualmente, também reforçam o espírito "cult" do carrinho. O festival deste ano, que aconteceu entre os dias 22 e 24 de maio, em Silverstone, na Inglaterra, também celebrou os 50 anos do ícone.
Produzido desde 2001 em Oxford, o novo MINI já está em sua segunda geração. Em relação ao pequeno Morris Mini-Minor, de 1959, o MINI cresceu: são 3,69 m de comprimento, 1,68 m de largura, 1,41 m de altura e 2,47 m de distância entre-eixos. O luxuoso carrinho é oferecido em três tipos de carroceria (hatch, perua e conversível). No Brasil, o modelo é vendido nas versões Cooper (1.6 litros, aspirado, de 121 cv), Cooper S e Clubman S, os dois últimos com motor 1.6 litros de 176 cavalos. Os preços partem de R$ 92.500,00.
Além dos festejos ao cinqüentenário, a BMW também lançou duas versões especiais do carrinho para homenagear seu aniversário de 50 anos: o MINI Mayfair e o MINI 50 Camdem, com nomes inspirados em dois bairros famosos no subúrbio de Londres.
Fonte: site Carsale, 25 de maio de 2009