Isso começa aos 15 anos, nas festinhas com cerveja. Depois, aumentam-se os teores. É uma epidemia nacional, por mais que os pais tentem controlar. Parece uma fuga de si mesmos, um descontrole, uma falta de objetivo. A filosofia é a de que a juventude é curta e é preciso aproveitar. Quando chegam à idade de dirigir, os pais descobrem que os problemas ainda vão começar.
As festas não escolhem dia da semana, com acidentes, brigas, sobrevivência em risco: tudo movido a álcool. Alguns ficam com marcas para o resto da vida. Pais ficam tentando acelerar o calendário, para que passe a fase e o jovem, ou a jovem, sobreviva.
As companhias de seguro conhecem o perigo e cobram prêmio quase um terço do valor do carro para motorista entre 18 e 20 anos. Eles e elas, na linguagem que lhes é própria, relatam o acidente como "deu PT", perda total do carro. Às vezes, é pior: perda total deles mesmos.
Fonte: Bom Dia Brasil, 17 de setembro de 2009