A reportagem estacionou em quatro ruas visitadas. Na Rua Ibiapinópolis, no Jardim Paulistano, um flanelinha cobrou R$ 5 por um período de menos de uma hora de parada, durante a manhã. O mesmo valor foi pago por uma vaga, por cerca de duas horas, na Rua Fradique Coutinho, na Vila Madalena, à noite. Na Rua Padre José Anchieta, em Santo Amaro (zona sul), e na Conde de São Joaquim, na liberdade (região central), flanelinhas não estipularam um preço pela vaga. "O cafezinho depende do coração do freguês", justifica um deles.
Cones
Para impedir que alguém ocupe vagas sem o controle deles, alguns flanelinhas colocam cones e cavaletes de madeira nos locais onde cabe um carro. Motoristas dizem que se sentem intimidados pelos guardadores. Eles afirmam que têm medo de que seus veículos sejam danificados e até roubados caso não paguem pela vaga.
A Polícia Militar informa que a atuação dos flanelinhas "só configura uma ação de polícia quando há um tipo de delito". Entre os crimes que podem ocorrer, segundo a corporação, estão a extorsão, o roubo de veículos e o constrangimento ilegal. Procurada, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) divulgou que a repressão aos flanelinhas não é sua responsabilidade por não se tratar de infração de trânsito. "Porém, sempre que os agentes se deparam com atividades irregulares como essas comunicam às subprefeituras."
Fonte: Agora São Paulo, 19 de julho de 2010