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Quem dirige pelo centro de São José dos Campos sabe como é difícil encontrar uma vaga para estacionar nos dias de grande movimento. Entretanto, os motoristas não contavam que isso influenciaria no aumento dos valores cobrados por estacionamentos privados, que dobraram o preço neste ano, se comparado com 2009. De acordo com levantamento feito pelo jornal O Vale, o valor cobrado por garagens privadas espalhadas pela região central até outubro do ano passado era de R$ 2 a hora ou a fração de hora. Hoje, o valor aumentou para R$ 4 em alguns locais, que já estudam elevá-lo para R$ 5 ainda este ano, em razão das despesas.
Para quem sai à noite, o prejuízo é ainda maior, já que a falta de vagas em ruas onde se concentram bares, casas noturnas, como a Luis Jacinto e a Avenida Anchieta, inflaciona o preço das vagas. Alguns estacionamentos dessas regiões chegam a cobrar até R$ 15 para guardar o carro do cliente - valor que se equipara ao de garagens de São Paulo, cidade com um dos custos de vida mais altos do país.
Custo
"A maioria das pessoas se cansa de buscar uma vaga da Zona Azul no centro e vem para o estacionamento. Cobro hoje R$ 3 os primeiros 60 minutos, mais R$ 2 para cada hora adicional", afirmou Edgar Aleixo Garcia, funcionário de uma garagem na Praça João Mendes. O empresário Horácio Fernandes, dono de estacionamento na Praça Afonso Pena, defende o aumento no valor da hora. "Pago aluguel, seguros dos carros, seguro do prédio, IPTU, além dos salários dos funcionários. Isso tudo gera custo e quem vai pagar é o usuário."
"Ao menos 90% das pessoas que vêm aqui não reclamam do preço (R$ 4), que inclusive deverá aumentar nos próximos meses", disse o empresário.
Números
Segundo a Prefeitura de São José, a cidade conta atualmente com 160 estabelecimentos cadastrados. Somente nos últimos cinco anos, surgiram 67 novos pontos. Em todo o município, que tem uma frota de 317.800 veículos (dados do mês de junho), há 1.600 vagas de estacionamento na Zona Azul, número que, para o presidente da Associação Comercial e Industrial de São José, Felipe Cury, é insuficiente para atender a demanda de motoristas.
Fonte: O Vale (SP), 11 de julho de 2010

Categoria: Mercado


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