E não é exagero. Na queda, o asfalto vira uma lixa no atrito com a pele do motociclista. E quanto maior a velocidade da moto, pior. O professor de física Beraldo Neto faz o cálculo. Se o piloto estiver a 60 km por hora, na queda ele vai rolar 17 metros pelo chão.
E o professor vai além. Cair de moto a 36 km por hora equivale a uma queda aproximadamente do segundo andar de um prédio. Se o motociclista estiver a 72 km por hora e cair, é o mesmo que ele despencar do sexto andar.
Nos últimos dez anos, o número de mortes em acidentes de moto aumentou mil por cento, de acordo com o Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito. No ano passado, foram cerca de dez mil motociclistas e caronas mortos em todo o País. E mais de 500 mil feridos.
A maioria dos motociclistas acidentados é jovem. E quando sobrevivem, custam caro ao Estado. "Em média esses doentes levam de três a quatro meses de internamento hospitalar. Tem um custo social importantíssimo e um custo também financeiro elevado pro Estado porque as órteses e próteses usadas para essas cirurgias são materiais caros", revela Hélder Corrêa, diretor do Hospital da Restauração.
Fonte: portal G1, 30 de julho de 2009