Parking News

Um motorista estaciona o carro em fila dupla - fechando outro, já estacionado na vaga regular em frente à Praça da Igreja Matriz, e sufocando o trânsito da via -, desce do veículo, o tranca e permanece por cerca de dez minutos dentro da escola, voltando, em seguida com o filho pelas mãos. A cena, presenciada pela reportagem próximo ao Colégio Santa Clara, na Rua José Hermano, mostra bem os problemas enfrentados por quem precisa passar em horário de entrada e saída de alunos em ruas onde tem colégios.
O Popular circulou dois dias por esses locais, nos horários em que as aulas são encerradas, pela manhã e à tarde. A constatação é de que o desrespeito às leis de trânsito é regra. ?É humanamente impossível sermos corretos todos os dias?, desabafa a economista Adriana Fassa Damasceno, mãe de uma adolescente, que leva todos os dias ao colégio. ?É lógico que tem muitos pais folgados, mas, às vezes, mesmo saindo mais cedo de casa, não tem como chegar na porta da escola sem parar em fila dupla. É um fluxo muito grande de carros; se todos fossem um atrás do outro, bonitinho, a metade dos alunos não entraria?, completa.
Ionara Rabelo, psicóloga, também mãe de alunos matriculados em colégio particular, argumenta que é difícil encontrar estacionamento mesmo a várias quadras de distância. ?Aqui no Setor Aeroporto, por exemplo, nos últimos anos ficou impossível estacionar?, avalia.
SMT diz que problema é falta de fiscais
Para Rosana Medeiros, diretora de Fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), fiscalização é o que está faltando para minimizar o problema da fila dupla na porta de escolas da capital. Na avaliação dela, a simples presença de agentes nesses locais inibe o desrespeito às normas. ?Onde estamos, todo mundo, de repente, respeita as regras. Pais não param em fila dupla, não falam ao celular. A falta de fiscalização faz os pais ficarem mal educados; contam com a certeza da impunidade?, destaca Rosana.
Segundo a representante da SMT, o atual número de agentes de trânsito impossibilita uma fiscalização mais efetiva do órgão: ?São 279 agentes para cobrir cinco turnos de trabalho, pela manhã, à tarde, à noite e durante a madrugada, em feriados e fins de semana, e para atender as mais variadas ocorrências. É muito pouco?, argumenta.
De acordo com a diretora de Fiscalização da SMT, entre os estabelecimentos de maior fluxo de pessoas - como colégios, bancos e hospitais -, é, mesmo, a porta das escolas em que é frequente a formação de filas duplas nos horários de pico. E isso ocorre, conforme afirma, mais em regiões nobres ou centrais da cidade - como os Setores Oeste e Bueno e o Centro -, onde há maior concentração de unidades de ensino.
De acordo com a SMT, de janeiro a agosto deste ano, foram 1.428 as autuações de motoristas por causa do estacionamento em fila dupla. De julho de 2011 a julho de 2012, os registros do órgão somam 1.856 autuações especificamente nesse caso, que ocupa a 20ª posição no ranking das infrações cometidas pelos goianienses.
Fonte: O Popular (Goiânia), 21 de outubro de 2013

Categoria: Geral


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