Parking News

Nos próximos anos, o Brasil vai receber uma série de eventos esportivos que atraem muitos turistas: Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas. Lentamente, as cidades estão se preparando para acolher os visitantes. Em São Paulo, um dos principais desafios é a mobilidade - quem não conhece os caminhos enfrenta dificuldades para conseguir informações.
A equipe do Bom Dia Brasil fez um teste nas linhas de ônibus da capital paulista. O ponto de partida foi a Avenida Santo Amaro, na Zona Sul. O destino pretendido era o Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, na Zona Oeste. O caminho tem cerca de 12 km.
São Paulo tem quase 15 mil veículos em circulação e até quem vive na cidade se perde. Faltam placas, fiscais e balcões de informação. A dificuldade para um estrangeiro fica ainda maior. Durante o trajeto, a equipe pediu informações para os passageiros, e o resultado não foi animador.
"Para o Pacaembu? Você teria que pegar um ônibus e fazer a integração. Não tenho certeza. Nunca fui para lá. Mas acredito que sim", disse o vigilante Ivair Soares.
O ponto de ônibus só mostrava os horários dos coletivos e os nomes das linhas. Detalhes do itinerário, só em plaquinhas. As principais avenidas por onde passa o veículo estão descritas em pequenas placas nos próprios veículos. Mas é preciso ler rápido, antes de o ônibus ir embora.
Até perguntando para os motoristas houve dificuldade em se conseguir uma informação. Um deles disse não saber dizer como chegar ao destino. Outros deram sugestões diferentes. "Daqui de Santo Amaro não tem. Você tem que descer até a Roque Petroni. Lá você tem que pegar outro ônibus para seguir até o shopping. É que o certo mesmo é na Bandeira. Pegar o 6291", disse um deles. "Rapaz, aqui, o mais próximo é o Princesa Isabel, que passa lá mais próximo", sugeriu outro motorista.
A equipe escolheu a segunda indicação. No ônibus, tentaram se certificar se estavam fazendo o caminho correto. "Você precisa descer na esquina da Consolação com a Paulista", informou o trocador.
A equipe desceu do veículo no final de uma Avenida Paulista congestionada, uma hora e dez minutos depois. E a viagem ainda não tinha acabado. Era preciso saber chegar ao museu, mudando de ponto e de avenida. Novamente, as informações são desencontradas. Diante de tanta desinformação, se o visitante tiver algum dinheiro a mais no bolso, é bem capaz de desistir do ônibus e tomar um táxi. Com eles, a chance de se perder no caminho é bem menor.
A São Paulo Transporte (SPTrans), que administra o sistema de ônibus na cidade, informou que em sua página na internet há uma ferramenta que permite traçar um roteiro e saber que ônibus pegar. Também há uma central telefônica - entretanto, os dois serviços funcionam apenas em português.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 16 de março de 2012

Categoria: Geral


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