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O que deveria ser uma ligação rápida entre rodovias se tornou alvo de engarrafamentos no rush tão demorados quanto os da malha urbana da capital paulista. O resultado é que, oito anos após ser entregue, a alça oeste do Rodoanel já tem a sua ampliação cogitada, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. O esgotamento do primeiro segmento, entre Castello Branco e Raposo Tavares, era previsto para depois de 2020. Diante da explosão de movimento, a concessionária RodoAnel, que gerencia os 32 km da pista, resolveu antecipar as análises para avaliar neste semestre a necessidade de uma nova faixa de tráfego.
Outro estudo oficial, contratado pelo governo do Estado, apimentou a discussão ao apontar que a construção do trecho norte do Rodoanel, prevista para 2014, deverá jogar mais carros no oeste e antecipar seu esgotamento. O trânsito atualmente já fica parado nos picos da manhã e tarde entre Alphaville, perto da Castello, e Granja Viana, perto da Raposo. Eduardo Camargo, diretor da concessionária, avalia que boa parte dessa lentidão é consequência de congestionamentos em acessos urbanos. Aliada a isso, a demanda diária de veículos, que era de 165 mil por dia em 2008, atingiu 220 mil em setembro. A abertura da alça sul do Rodoanel, em abril, e a restrição aos caminhões nas marginais também empurraram os veículos de carga para lá. O quadro levou a concessionária a começar um estudo, a ser concluído neste ano, sobre a antecipação de uma quinta faixa de tráfego entre a Castello e a Raposo.
Por contrato, essa ampliação no Rodoanel é projetada para daqui a 11 anos. Mas Eduardo Camargo considera a possibilidade de indicar a necessidade de implantá-la "imediatamente" - a depender de acertos no governo. Estudo sobre a alça norte do Rodoanel, contratado pelo Estado, avalia que a alça oeste "deverá apresentar esgotamento da capacidade no período entre 2014 e 2024".
Se saturar, Rodoanel terá obra, diz Estado
O governo do Estado afirma que a ampliação da capacidade de tráfego do trecho oeste do Rodoanel poderá ser realizada se for confirmada a saturação da rodovia. Segundo a Artesp (agência estadual que regula as concessões rodoviárias em SP), a vida útil do anel viário foi projetada para 30 anos. Mas ela afirma que, por contrato, a concessionária é obrigada a realizar obras (como faixas adicionais e marginais) sempre que os níveis de serviço chegarem aos limites (estipulados com base em horas de engarrafamento).
A agência afirma não ter ainda dados compilados "para efeito de análise e providências" no trecho oeste porque os sensores de tráfego na via foram instalados somente em setembro de 2009 e só podem ser avaliados depois de 12 meses. De acordo com a Artesp, se a tendência citada no estudo do trecho norte for confirmada, "obras de aumento de capacidade de tráfego do trecho oeste serão executadas".
A antecipação de obras costuma ser motivo de embate entre governo e concessionárias, que reivindicam reequilíbrio contratual alegando gastos não programados. Na prática, pode significar alta de pedágio, do tempo de concessão ou redução do dinheiro repassado ao Estado. O secretário Mauro Arce (Transportes) nega, porém, a possibilidade de onerar motoristas ou poder público.
Embora admita a hipótese de novas obras, a Artesp afirma que já há previsão de investimentos para conter os congestionamentos no trecho oeste do Rodoanel. Ela cita, por exemplo, a adequação do trevo da Padroeira neste mês, no km 19,9, melhorias no acesso à Castello Branco (em 2011) e a implantação de uma marginal de 4,7 km entre Padroeira e Raposo Tavares (em 2014). Eduardo Camargo, diretor da concessionária RodoAnel, diz que também tem adotado medidas operacionais para melhorar a fluidez - como ajuste de geometria na estrada.
Fonte: Folha de S. Paulo, 11 de outubro de 2010

Categoria: Geral


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