Parking News

Foi num dia 29 de janeiro, mas há 125 anos, que o alemão Carl Benz deu início a uma revolução que se alastraria não só pela Europa, mas por todo o planeta. Nesse dia, o engenheiro registrou a patente nº 37.435, do seu "veículo impulsionado por motor a gasolina" num escritório de patentes em Berlim, marcando o nascimento do automóvel. Antes de prosseguir, porém, é importante deixar claro que a data se refere a veículos dotados de motor a combustão interna. Modelos equipados com propulsores a vapor (com uma caldeira) já existiam desde o século 17, lembra reportagem da Carro Online.
Apesar da produção em série dos primeiros automóveis ter sido iniciada em 1888, eles demoraram a se tornar populares. Esse processo só começou no início do século XX nos Estados Unidos, com a extinta Oldsmobile, e ganhou força graças a Henry Ford, que, em 1914, implantou a linha de produção do famoso Modelo T (o da foto é de 1927). O advento da produção em escala permitiu que cada carro deixasse a fábrica num período oito vezes menor que o dos concorrentes.
No início dos anos 1930, a Alemanha estava às voltas com uma grande crise, e uma das soluções apontadas para superá-la era a criação de um carro popular. Surgiram, então, os primeiros projetos de um "carro do povo" (Volkswagen, em alemão). Após diversos protótipos, nasceu, em 1937, o Fusca, então batizado de KdF (Kraft durch Freude, ou Força pela Alegria) Wagen. A eclosão da Segunda Guerra Mundial, entretanto, fez com que a Alemanha direcionasse todos os investimentos - e fábricas - para a produção bélica. Mas o projeto do "carro do povo" era tão bom que superou as dificuldades e, após o fim do conflito, não demorou a ganhar as ruas de todo o mundo. Afinal, como o momento era de reconstrução e as pessoas necessitavam de um meio de locomoção barato, simples e confiável, o Besouro vinha bem a calhar.
A indústria no Brasil
No Brasil, a história da indústria automotiva começou em 1956, com o início da produção do Isetta, um curioso minicarro fabricado sob licença pela Romi, em Santa Bárbara d"Oeste, no interior de São Paulo. No mesmo ano, a Vemag começou a montar o DKW em São Paulo. Mas foi a partir de 1959 que a fabricação de automóveis passou para um nível superior com a inauguração da primeira unidade da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, SP. De lá começaram a sair as primeiras unidades da Kombi - que, por sinal, segue em produção até hoje. Ford, General Motors e Fiat foram as outras grandes montadoras que se instalaram no Brasil posteriormente, até meados dos anos 1970.
Após um longo período fechado às importações, o mercado brasileiro finalmente voltou a receber produtos estrangeiros (incluindo automóveis) em 1990. A partir de então, houve uma verdadeira invasão de novos modelos. Importados que chegavam para conquistar um público ávido por novidades e os nacionais que foram obrigados a se modernizar a fim de concorrer com os recém-chegados. Um bom exemplo do segundo caso foi o Chevrolet Corsa, da GM, o primeiro veículo popular "moderno", já que trazia inovações como o design contemporâneo e a injeção eletrônica de combustível em um motor de baixa cilindrada.
Hoje, o mercado parece ter encontrado certo equilíbrio, com fabricantes locais e importadoras disputando, na maioria dos casos, segmentos diferentes. Os modelos mais luxuosos e caros chegam do exterior, enquanto os mais baratos e médios são feitos no país. Essa relação, contudo, pode ser abalada com a chegada dos automóveis chineses, que vêm se destacando em todo o mundo por conta de seus preços competitivos - e design ainda de gosto duvidoso.
Combustíveis do futuro
Outra grande preocupação diz respeito ao sistema de propulsão dos automóveis. Afinal, desde o seu surgimento, há mais de um século, a gasolina segue sendo o principal combustível dos carros, assim como o motor a combustão interna. Mas a crescente onda ambientalista vem obrigando as fabricantes a desenvolver novas formas de propulsão. Surgiram os veículos movidos a célula de combustível, hidrogênio, elétricos e híbridos (além do brasileiríssimo etanol).
Contudo, a tendência é a de que não exista mais apenas um tipo de motor ou combustível no futuro. A saída será diversificar. De acordo com os especialistas, a próxima grande revolução no mundo dos automóveis pode ser provocada pela eletricidade. Se for uma revolução como a promovida por Carl Benz, que venha logo e seja bem-vinda.
Fonte: Carro Online, 29 de janeiro de 2011

Categoria: Mundo do Automóvel


Outras matérias da edição

Desrespeito a pedestre: 3 multas ao a (29/07/2011)

É pequeno o número de autuações por desrespeito aos pedestres em São Paulo. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam que, em média, só três veículos são multados diariamente na capita (...)

Estado planeja Metrô Lapa-Moema (31/07/2011)

Projetar duas linhas inéditas de metrô, ampliar em 37 mil as vagas em presídios, concluir o Teatro da Dança, construir 42 unidades da Fundação Casa e completar o anel ferroviário em volta da capital. (...)

Para manobrar a carteira (03/08/2011)

Sair para comer sempre foi um dos prazeres favoritos dos paulistanos, mas de uns tempos para cá isso tem se tornado um programa indigesto para o bolso. Nos últimos cinco anos, o preço da alimentação e (...)

Chame o táxi e proteja o bolso (01/08/2011)

Dirigir diariamente pela cidade de São Paulo pode fazer tanto mal à saúde quanto ao bolso. Quando a distância a ser percorrida é inferior a 24,3 km, considerando a ida e a volta, é mais vantajoso vend (...)

Acordo feito pelo MP não vingou (02/08/2011)

Em 2010, a Prefeitura e a Polícia Militar anunciaram um projeto piloto para combater os flanelinhas ilegais que atuam na cidade. A ideia foi pedida pelo Ministério Público e incluía a criação de um ca (...)

Estacionamento proibitivo (02/08/2011)

Está cada vez mais caro estacionar o carro. O preço médio da diária no Rio de Janeiro (US$ 19,22) é o mais alto da América Latina, segundo levantamento da Colliers International, em 156 cidades do mun (...)


Seja um associado Sindepark