Esse mecanismo permite o retorno do rodízio estadual, experiência que durou de maio a setembro em 1997 e 1998. Nas duas ocasiões, de acordo com o final de placa, os veículos ficavam proibidos de circular uma vez por semana, das 7 às 20 horas, na capital e em mais dez cidades da Grande São Paulo.
O projeto lido em plenário reafirma a proibição aos caminhões, com carga e descarga somente à noite. Mas, em contrapartida, prevê o estímulo à adoção de entrepostos e terminais multimodais de carga. Há ainda incentivos ao transporte não motorizado, com criação de ciclovias e programa de carona solidária - criação de faixas exclusivas para veículos com pelo menos duas pessoas. Outra proposta polêmica é o reescalonamento de horários de serviço, públicos e privados, para redução de congestionamentos.
Uma das medidas do projeto que visa a reduzir a emissão de poluentes é incentivar o uso de veículos não poluentes - entre eles o trólebus. Ônibus movido a energia elétrica utilizado em São Paulo desde 1949, o veículo começou a entrar em desuso em 2003. Depois de entrar nos anos 2000 com 555 veículos circulando em 25 linhas, fechou o ano passado com 213 em 12 linhas.
A proposta da Prefeitura ainda prevê a regulamentação de circulação, parada e estacionamento de ônibus fretados e a criação de bolsões de estacionamento. A medida aliviaria alguns dos principais corredores de tráfego de São Paulo, como a Avenida Paulista e a Rua Domingos de Morais.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 14 de agosto de 2008